Um dia antes do aniversário de 116 anos de Campo Grande pode ter acabado com as comemorações desta semana. Hoje, dia 25 de agosto, logo nas primeiras horas da manhã, o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), ligado ao Ministério Público Estadual (MPE), deflagrou a operação “Coffee Break” – que significa pausa para o café em inglês – e cumpriu decisão da Justiça de Mato Grosso do Sul de afastar Gilmar Olarte, do comando da Prefeitura de Campo Grande e do vereador Mário César (PMDB), atual presidente da Câmara Municipal. Com a decisão, Olarte e Mario não podem ter acesso às dependências do poder público. A operação cumpriu mandados de condução coercitiva de 13 pessoas, sendo nove vereadores, um ex-vereador e três empresários que estão entre os investigados e foram conduzidos ao prédio do Gaeco, no Parque dos Poderes.

A decisão do desembargador Luiz Carlos Bonassini da Silva, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJMS) ainda determinou a apreensão de 16 celulares, entre eles do prefeito Gilmar Olarte, do presidente da Câmara, Mário César Oliveira da Fonseca, dos vereadores Edil Albuquerque (PMDB), Airton Saraiva (DEM), Waldecy Batista (PP), Gilmar da Cruz (PRB), Carlão (PSB), Edson Shimabukuro (PTB), Paulo Siufi (PMDB), Jamal Salém (eleito vereador e que hoje ocupa a pasta da secretaria de saúde), Eduardo Romero (PT do B), Flavio Cesar (PT do B), Otávio Trad (PMDB), do ex-vereador Alceu Bueno e dos empresários João Amorim, João Baird e Fabio Portela Machinsky.

Com afastamento do prefeito e do presidente da Câmara Municipal, o novo prefeito de Campo Grande deverá ser o vereador Flavio Cesar, que ocupa a vice-presidência do legislativo municipal. Ele e o procurador geral do Município, Fábio Leandro devem anunciar os novos chefes do executivo e do legislativo em entrevista coletiva às 11h30 de hoje.