Embora ainda não exista definição nem sobre o sexo da vítima, a Polícia Civil de Anastácio tenta encontrar pista sobre a identificação de uma pessoa encontrada na manhã de sábado carbonizada em terreno baldio da Rua Elizário. A investigação passou a focar o desaparecimento de um travesti de Aquidauana, e não está afastada a possibilidade de se tratar do corpo carbonizado.

Embora admita a linha de investigação, a Polícia Civil não revela detalhes, inclusive sobre a identificação o travesti considerado desaparecido supostamente no período do achado do cadáver carbonizado. O que restou do cadáver encontrasse no Instituto Médico Legal – IML, de Aquidauna, mas não está afastada a hipótese de ser trasladado para o Instituto de Medicina e Odontologia Legal – IMOL, em Campo Grande, para exames de maior complexidade como DNA.

Na investigação, por conta da brutalidade no crime e o modo de agir dos criminosos, a morte também é encarada sob suspeita da ação de traficantes. A região, por conta de sua localização na rota Bolívia/Brasil, é um dos principais pontos de passagem de cargas de cocaína boliviana em direção aos grandes centros do País.

A constatação do desaparecimento do travesti, não chegou mudar a linha de investigação em relação ao narcotráfico, mas passou a ser importante caminho a ser seguido e que pode ser definido a partir da oitiva de colegas e familiares do desaparecido, o que segundo a polícia, pode ocorrer no decorrer desta semana.

Microondas

O crime foi cometido através do sistema conhecido como “microondas”, em que a vítima é queimada, geralmente viva, em meio a pneus, é originário das organizações criminosas, sobretudo do narcotráfico em grandes centros como São Paulo e Rio de Janeiro.

Os criminosos do Rio de Janeiro seriam pioneiros nesse tipo de execução, uma forma de “castigar” inimigos, concorrentes, quem os atrapalhes ou mesmo comparsas que submetidos ao “tribunal do crime” sejam julgados traidores como informantes de bandos rivais ou de da polícia.

No MS

Em Mato Grosso do Sul esse tipo de crime já ocorreu algumas vezes em diferentes pontos do Estado como na fronteira e em Campo Grande com ao menos cinco casos nos últimos anos. O último deles no Anel Viário com a execução de um suposto envolvido no assassinato do delegado Paulo Magalhães