O presidente do Sindiconstru/Acomac-MS, Fabiano Lopes, encontrou-se, na manhã de 29 de outubro, com os pesos-pesados do setor varejista de materiais de construção na Capital. Estiveram presentes à reunião os empresários Rodrigo e Marcos (Sertão), Roberto Bigolin (Bigolin), Fabio Angelo (Alvorada), Amado e Sidnei (JV Tubos); Henry, da Leroy Merlin, justificou-se. A reunião foi convocada pelo vice-presidente da entidade, Fabio Angelo.
O tema principal da reunião foi a questão da venda direta, principalmente de pisos, mas foi abordado o MVAs no Estado de Mato Grosso do Sul para a base de cálculo do recolhimento do ICMS na Substituição Tributária.
“Quando nós, varejistas, vendemos a uma empresa, portanto, com CNPJ, temos Substituição Tributária, ao passo que a indústria, quando vende direto, não precisa ter; assim, nossos preços ficam menos competitivos. Enquanto nós estamos vendendo na periferia com mais imposto, quem tem mais dinheiro e tem empresas, e compra direto da indústria, paga menos. É um Robin Hood às avessas”, explicou Fabiano Lopes.

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“Isso causa muita confusão, pense que 98% das lojas no Estado são de pequeno e médio portes e vendem milhares de itens; a redução para apenas 1 MVAs simplificaria sobremaneira o processo”, acrescentou. Além de reduzir o número de MVAs, os executivos do setor também retificaram a criação de um valor de 38% MVAs para todos os produtos, conforme proposta protocolada na Secretaria de Fazenda do Estado de MS e na Governadoria para diminuir erros, sugestão muito bem-vista pelo governador do Estado, Reinaldo Azambuja, em recente reunião”, explicou Fabiano Lopes.
O presidente Fabiano Lopes anunciou que este ano (2015) não foi tão bom quanto o esperado, mas empatamos com 2014, o que é uma vitória diante do caos político em nosso país, e apontou a falta de crédito como o maior problema para a performance das vendas.
“Ainda precisamos facilitar o acesso ao crédito com juros mais baixos, mas estamos otimistas com a nova linha do Banco do Brasil e as mudanças do programa da Caixa Econômica Federal”; frisando que, se a venda direta e a invasão de divisas for combatida pelo Governo do Estado de Mato Grosso do Sul, nossas vendas seriam satisfatórias, bem superiores a 2014. Aponto um valor de 50 milhões/ano a menos de impostos para os cofres do governo do Estado com a venda direta e invasão de divisas; esse valor daria para construir 2.000 casas populares anualmente. Também defendo a isenção de impostos para materiais de construção que forem consumidos pelo governo do Estado para construção de casas populares, hospitais, entre outros. Estamos aguardando o convite dos técnicos da Secretaria de Fazenda para discutir nossa proposta de unificar o MVAs para 38%, que se encontra em estudo por eles, e logo que esteja pronta apresentaremos a pesquisa de impacto sugerida pelo governador do Estado, Reinaldo Azambuja. Nosso diretor-executivo, Mario Sergio Marinho, vem lutando para que isso aconteça o mais breve possível, e assim mostramos que poderemos ser mais competitivos com os estados vizinhos, que hoje invadem nosso Estado com equipes de vendas levando assim nossas economias para seus estados.

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