Terra/JB

O Looping Parque, localizado no Complexo do Alemão, na zona norte do Rio, onde duas crianças foram eletrocutadas na noite desse domingo (8), operava há duas semanas no local sem alvará de funcionamento da prefeitura. A informação é da Secretaria Municipal de Ordem Pública. Samuel Goulart Freire dos Santos, de 6 anos, morreu e outra criança, de 8 anos, ficou ferida depois de serem atingidas por uma descarga elétrica no brinquedo em que estavam.

Segundo o Corpo de Bombeiros, o parque sequer fez pedido de adequação para o estabelecimento, procedimento prévio necessário para a obtenção do alvará. O advogado Hugo dos Santos Novais, que representa o parque, classificou o incidente como uma fatalidade, e explicou o motivo de o estabelecimento não ter entrado com pedido de adequação.

“O parque tinha documentos que atestavam o bom funcionamento do local. Então, isso ter acontecido foi uma fatalidade, sem dúvida. Até por isso, eles [representantes do parque] estão prestando todo tipo de apoio aos familiares. Quanto ao pedido, o Looping ainda não tinha feito por não ter conseguido juntar todos os documentos necessários à ação”, explicou.

A Polícia Civil informou que um inquérito foi instaurado para apurar as circunstâncias da morte do menino Samuel. A perícia está sendo feita e a unidade aguarda laudo do Instituto Médico-Legal. Parentes, funcionários e responsáveis pelo parque estão sendo intimados a depor, enquanto agentes fazem diligências em busca de informações que ajudem nas investigações.

Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil