Da Redação

Foram atentados mais sangrentos na Europa desde os ataques em Madrid, em 2004.

Pelo menos 127 pessoas morreram nos atentados terroristas dessa sexta-feira (13) à noite, em Paris, segundo fontes policiais francesas. Há ainda 180 feridos, 80 dos quais estão em estado crítico.

Sete locais foram atacados por oito terroristas, todos com coletes de explosivos. Entre os locais estão uma casa de shows e o estádio nacional, onde ocorria um jogo amistoso entre as seleções da França e Alemanha. A polícia francesa afirma que os oito terroristas foram mortos em operações de segurança.

A França decretou o estado de emergência e fechou as fronteiras para controlar a saída e entrada de pessoas. O presidente François Hollande classificou os acontecimentos dessa sexta como “ataques terroristas sem precedentes no país”, e ainda decretou luto nacional de três dias.

Oficialmente, os atentados ainda não foram reivindicados. “Esta terrível provação (…) sabemos de onde vem, quem são estes criminosos, que são estes terroristas”, afirmou Hollande. Estes foram os atentados mais sangrentos na Europa desde os ataques em Madrid, em 2004.

O ministério do Interior francês pediu, em comunicado aos parisienses, que se mantenham em casa, e divulgou um número de informações ao público. “As pessoas que se encontrem em casa, em casa de amigos, ou em instalações de trabalho na região parisiense, devem evitar sair, salvo em caso de necessidade absoluta”, de acordo com a página do ministério na internet. A prefeitura de Paris já havia feito essa mesma recomendação ainda na noite de ontem, tendo cancelado também várias linhas de metrô, trem e ônibus que levam aos locais que foram foco dos atentados.

Em um discurso de dez minutos hoje (14) pela manhã no Palácio do Eliseu, sede do governo francês, Hollande atribuiu a autoria dos atentados ao Estado Islâmico. (Com agências internacionais)