Gazeta Esportiva 

A diretoria do São Paulo enxergou de forma positiva as ameaças que o ex-presidente e atual superintendente de futebol do Corinthians, Andrés Sanchez, fez à Conmebol no último sábado. Por não concordar com as cotas pagas para os times que disputam a Copa Libertadores, Andrés disse que há a possibilidade de tirar o Timão da próxima edição do torneio continental. O presidente do Tricolor, Carlos Augusto de Barros e Silva, não adotou o mesmo radicalismo do dirigente alvinegro, mas aplaudiu a iniciativa de confrontar a confederação sul-americana.

“É ótimo que o Andrés tenha feito esse pronunciamento e que comece o movimento que poderá resultar em coisas boas. O que a Conmebol paga não é satisfatório. É positivo isso que o Andrés faz. E o São Paulo se aproveitará da iniciativa dele”, afirmou o mandatário, em entrevista concedida nesta segunda-feira à rádio Jovem Pan.

Conhecido popularmente como Leco, o presidente são-paulino disse que já tinha conhecimento do posicionamento do Corinthians. O mandatário alvinegro, Roberto de Andrade, comunicou a direção tricolor das intenções do Timão antes do pronunciamento de Andrés. “O Roberto de Andrade falou comigo sobre isso e já havia adiantado qual seria a posição deles”, afirmou Leco. “Não é um blefe, é uma justa pretensão”.

A reivindicação de Andrés por bonificações maiores é antiga, dos tempos em que ele ainda presidia o Corinthians. Mais recentemente, no entanto, o deputado federal passou a utilizar a ameaça de deixar a competição (hipótese bastante improvável) para que as suas palavras ganhassem maior repercussão.

Segundo Andrés, uma negociação com a Conmebol já estava em andamento – e foi interrompida pelos escândalos de corrupção na entidade sul-americana. A intenção do superintendente de futebol é aproveitar o sorteio de grupos da competição, nesta terça-feira, para pleitear mais dinheiro para o Corinthians.

Foto: Sergio Barzaghi/Gazeta Press)