Amambaí, Corumbá e Ponta Porã oram as cidades que mais recuperaram a floresta em 30 anos, segundo levantamento da Fundação SOS Mata Atlântica e INPE.

A Fundação SOS Mata Atlântica e o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) divulgam nesta segunda-feira, 06/02, uma avaliação detalhada sobre a regeneração da Mata Atlântica no estado do Mato Grosso do Sul. O Atlas dos Remanescentes Florestais da Mata Atlântica, que monitora a distribuição espacial do bioma, identificou a regeneração de 19.117 hectares (ha), ou o equivalente a 191,17 km2, entre 1985 e 2015. A área corresponde a aproximadamente 19.117 campos de futebol.

Segundo os dados do Atlas, Amambaí foi o município que apresentou mais áreas regeneradas no período avaliado, num total de 1.947 ha, seguido da cidade de Corumbá (1.674 ha), Ponta Porã (1.090 ha), Juti (1.060 ha) e Tacuru (1.053 ha).

O estudo analisa principalmente a regeneração sobre formações florestais que se apresentam em estágio inicial de vegetação nativa, ou áreas utilizadas anteriormente para pastagem e que hoje estão em estágio avançado de regeneração. Tal processo se deve tanto a causas naturais, quanto induzidas por meio do plantio de mudas de árvores nativas.

A Mata Atlântica cobria originalmente 18% da área do Mato Grosso do Sul, ou seja, um pouco mais de 6,3 milhões de hectares. Hoje, restam apenas 707.136 mil hectares do bioma –  11,1% desse total. De acordo com o Atlas dos Remanescentes Florestais, nos últimos 30 anos foram desmatados 42.816 mil hectares de Mata Atlântica no estado. Dos 79 municípios sul-mato-grossense, 52 têm ocorrência da Mata Atlântica.

O Mato Grosso do Sul tem quatro cidades entre as 100 que mais desmataram entre 1985 e 2015, conforme o Atlas dos Municípios da Mata Atlântica. A área total desmatada por esses municípios é de 19.899 mil hectares, ou cerca de 198,99 quilômetros quadrados, que corresponde ao espaço de aproximadamente 19,8 mil campos de futebol. (com informações do SOS Mata Atlântica)