A Polícia Civil de Campo Grande investiga, desde abril, a participação de adolescentes de Mato Grosso do Sul em um possível jogo de mutilação propagado em um grupo de WhatsApp. A competição mundialmente conhecida como “Baleia Azul” foi descartada, mas a polícia identificou uma nova modalidade, com a mesma finalidade.

Segundo o Jornal Midiamax, em abril, uma mãe procurou a polícia depois de flagrar lesões no braço da filha. Os primeiros sinais de que algo estava errado com a menina, que terá o nome e a idade preservados, começaram em janeiro. A menina passava a maior parte do tempo trancada no quarto, que tentou se aproximar, mas não obteve sucesso.

Conforme o delegado Fábio Sampaio, da Depca (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente), o inquérito não foi finalizado, pois ainda haverá pedido de autorização para periciar os números de demais participantes.

Sampaio explicou ao Midiamax, que a análise no aparelho constatou que a jovem começou a participar do grupo no Facebook, mas depois disso recebeu convite para o WhatsApp. Ainda não há informações, se ela pediu para participar do grupo na rede social ou se foi inserida.

De acordo com a polícia, o grupo no aplicativo tem mais de 100 participantes, e conta com mais sul-mato-grossenses, além da menina investigada. Com a mesma finalidade do jogo “Baleia Azul”, os administradores enviam centenas de vídeos de pessoas se mutilando ou com vulnerabilidade emocional atentando contra a própria vida, de formas diversas.

A análise também averiguou diversas imagens de supostos demônios ou de pessoas ensanguentadas.

O delegado pontua que essa é uma nova modalidade e recomenda atenção dos pais nas atitudes dos filhos, que busquem saber com quem os filhos se relacionam e seus itinerários. “Hoje justifica-se muito com a invasão de privacidade, mas é preciso fechar as portas para ações negativas como estas contra nossos filhos”, finalizou o delegado.

 

JNE com Midiamax

Foto: ilustrativa