O juiz Carlos Alberto Garcete Garcia, da 1ª Vara do Tribunal do Júri de Campo Grande, concedeu liberdade provisória ao agente penitenciário federal Joseilton de Souza Cardoso, 34 anos, que foi preso após matar a tiro o pedreiro Adilson Silva Ferreira dos Santos, 23 anos, durante um show no estacionamento do shopping Bosque dos Ipês, em Campo Grande, na madrugada de 24 de setembro.

Desde então, o agente está preso em uma cela do Garras, da qual deve sair nesta terça-feira, 10 de Outubro. Por meio de seus advogados, ele alegou ter atirado em legítima defesa, pois estava sendo espancado pela vítima.

“Não se justifica a prisão preventiva, para cautelarmente, assegurar-se a aplicação da lei penal, pois, de uma análise dos autos, verifico que o acusado tem profissão definida (agente federal de execução penal), possui residência fixa em que pode ser encontrado para futuras intimações, de forma que é pouco provável que venha a obstacularizar a aplicação da lei penal. Ademais, o requerente não apresenta antecedentes criminais”, decidiu o juiz.

Conforme a decisão judicial, Joseilton terá que cumprir  medidas cautelares como comparecimento mensal em juízo, até o dia 5 de cada mês, para comprovar residência fixa e atividade lícita. Além disso, está suspenso seu direito de portar arma de fogo até julgamento final deste processo. A arma do crime, sua pistola de trabalho, foi entregue à polícia no momento da prisão em flagrante.

Adilson foi atingido no peito e morreu no local. A confusão, conforme relato do advogado José Roberto Rosa, começou na fila do banheiro químico. O pedreiro e dois amigos teriam ‘furado’ a fila gerando uma discussão que envolveu o agente que também esperava para usar o banheiro. Houve discussão e as agressões começaram. O autor do crime alega que foi derrubado no chão e levou vários chutes, até que sacou a arma e atirou.