Dezenas de pessoas ocupam o canteiro central da avenida Afonso Pena, no cruzamento com a rua 14 de Julho, em Campo Grande, aonde fazem uma manifestação contra a reforma trabalhista, já sancionada pela Presidência da República, que entra em vigor neste sábado, dia 11 de novembro.

Com placas, panfletos e até uma caixa simulando um caixão, os manifestantes explicam para a população sobre a nova lei trabalhista. De acordo com o coordenador do Comitê Estadual contra as reformas, Elvio Vargas, o grande ato acontece às 16h, que será o sepultamento, simbólico, da CLT.

“O dia de hoje é estratégico porque amanhã entra em vigor a reforma trabalhista, que retira vários direitos dos trabalhadores e também da população, porque ela diminui salários, diminui benefícios e isso faz com que haja um empobrecimento da população”, afirma Elvio, em entrevista à imprensa.

Nesta quarta-feira (10) em todo o país acontece manifestações, promovidas por centrais sindicais, contra a reforma trabalhista e também contra a privatização do setor elétrico brasileiro.

Nova lei trabalhista – Amanhã, 11, entram em vigor as novas regras das relações trabalhistas no Brasil, aprovadas pelo Congresso e sancionadas pelo presidente em 13 de julho. A nova legislação altera uma série de normas previstas na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e a prevalência do negociado sobre o legislado – pontos que poderão ser negociados entre empregadores e empregados e, em caso de acordo coletivo, passarão a ter força de lei.

As mudanças foram discutidas e aprovadas na reforma trabalhista. Essas mudanças afetam o cotidiano das relações trabalhistas, pois alteram pontos como férias, jornada de trabalho, remuneração, além de implantar e regulamentar novas modalidades de trabalho, como o trabalho remoto – home office – e o trabalho intermitente.

Foto: Luciano Muta