A Secretaria Municipal de Saúde de Corumbá decretou surto de conjuntivite na cidade. Somente até a última quarta-feira (17), foram registrados 70 casos, conforme dados da Gerência da Vigilância em Saúde, que emitiu nota técnica sobre a doença ocular.

“Tivemos um aumento considerável de casos num curto espaço de tempo, porém a gente acredita que esse número pode ser maior porque sabemos que muitas pessoas não procuram a unidade de saúde”, respondeu Viviane Ametlla, gerente da Vigilância em Saúde de Corumbá, ao Diário Corumbaense.

A profissional destacou ainda a importância de buscar uma unidade de saúde.

”Só um profissional é que vai poder indicar a forma correta de tratamento porque há três tipos da doença e para cada uma existe uma maneira de se tratar de forma eficaz”, disse Viviane. Os sintomas clássicos são: pálpebras inchadas, olhos vermelhos, coceira, secreção, entre outros.

A conjuntivite, que é a inflamação da conjuntiva, membrana transparente e fina que reveste a parte da frente do globo ocular e o interior das pálpebras, pode atingir qualquer pessoa, independente da idade e, para evitar o contágio, o médico pediatra Emerson Moreira indica que cuidados básicos de higiene ajudam e muito na prevenção.

“O mau hábito de não lavar as mãos, coçar os olhos, põe a mão na boca, coça outras partes do corpo e depois volta ao olho, tudo isso é um foco de contaminação”, alertou ao destacar que evitar aglomerações também é uma medida preventiva.

Segundo ele, nos casos observados em Corumbá há características da conjuntivite viral, aquela cujo calor e umidade ajudam a proliferação que permanece causando sintomas até 15 dias nas pessoas infectadas. Nesse caso, a secreção é mais esbranquiçada e aquosa, e atinge os dois olhos ao mesmo tempo, podendo ser acompanhada de espirros, febres, dor de garganta, o que leva muitos a confundi-la com uma gripe.

O uso do álcool gel também é indicado para a profilaxia da doença em situações quando o uso da água e sabão nas mãos não for possível. Evitar levar as mãos aos olhos também é primordial.

Além da conjuntivite viral, também há a causada por reações alérgicas e por bactérias. A automedicação com colírios é altamente não recomendada porque pode agravar o quadro, trazendo sérias complicações. Apenas médicos podem prescrever o uso de tais medicamentos, pois ele é capaz de avaliar qual o agente causador.

Sintomas

– Olhos vermelhos e lacrimejantes;
– pálpebras inchadas;
– sensação de areia ou de ciscos nos olhos;
– secreção purulenta (conjuntivite bacteriana);
– secreção esbranquiçada (conjuntivite viral);
– coceira;
– fotofobia (dor ao olhar para a luz);
– visão borrada;
– pálpebras grudadas quando a pessoa acorda.

Prevenção

– Evitar aglomerações ou frequentar piscinas de academias ou clubes;
– lavar com frequência o rosto e as mãos, uma vez que estes são veículos importantes para a transmissão de micro-organismos patogênicos;
– não coçar os olhos;
– usar toalhas de papel para enxugar o rosto e as mãos, ou lavar todos os dias as toalhas de tecido;
– trocar as fronhas dos travesseiros diariamente, enquanto perdurar a crise;
– não compartilhar o uso de esponjas, rímel, delineadores ou de qualquer outro produto de beleza;
– não se automedique.

 

*Informações e foto são do Diário Corumbaense