“Vou me licenciar para votar na reforma da previdência”. Essa foi uma das declarações do Ministro titular da Seretaria de Governo, Carlos Marun durante uma coletiva de imprensa realizada na manhã desta sexta-feira (02), no diretório do PMDB, em Campo Grande.

O ministro também garantiu que o Governo terá os 308 votos necessários para a aprovação da proposta do sistema previdenciário do país.

Segundo Marun, o governo já contabiliza 270 votos favoráveis à reforma. “Faltam 40 para conquistar”, declarou o ministro. Ele informou que já foram feitas reuniões com líderes partidários na última semana de janeiro, “e a partir da semana que vem começam reuniões com os votos que faltam”.

Dentro do esforço para obter votos em um curto espaço de tempo, Marun já descartou dialogar com a oposição em busca de respaldo à proposta. “Não compensa, eles já estão fechados contra a reforma. Não adianta perder tempo”, opinou. O ministro inclui no grupo já descartado os deputados Dagoberto Nogueira Filho (PDT), Vander Loubet (PT) e Zeca do PT, que anteciparam votar contra o texto. “Desses votos nem vamos correr atrás”.

Já Tereza Cristina (DEM), Elizeu Dionizio (PSDB), Geraldo Resende (PSDB) e Mandetta (DEM) seguem no radar de Marun. “Dos outros, sim, vamos correr em busca dos votos”. Os quatro parlamentares, até agora, evitaram anunciar sua posição sobre do projeto de reforma, informando apenas estudar o projeto ou evitando o assunto.

Fábio Trad (PSD), que assumiu no fim de 2017 o mandato na Câmara –justamente como suplente de Marun–, já anunciou votar contra o projeto da reforma da Previdência. Por esse motivo, o ministro antecipou que vai se afastar momentaneamente do cargo na Esplanada dos Ministérios e reassumir o mandato no dia da votação. “Vou votar a reforma, tenho de registrar minha posição”, pontuou.

Carlos Marun admitiu que o Governo vai conversar com aliados e setores da sociedade que estão reivindicando mudanças. A única exigência é que não seja alterada a questão da idade base e também a proposta de universalidade da previdência em todo o país, ou seja, a regra deve contemplar os setores públicos e privados.

Foto: Luciano Muta