O ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun (PMDB), disse nesta sexta-feira (23) que o governo federal decidiu priorizar as fronteiras e o novo ministério da Segurança Pública “vai tratar de forma especial essa questão”. Ele visitou Aquidauana, município de Mato Grosso do Sul alagado nos últimos dias com a cheia do rio que tem o mesmo nome.

“Primeiro a intervenção no Rio de Janeiro nós temos uma fratura exposta da criminalidade e a segunda a criação do ministério da segurança pública que vai fazer com que essa guerra se extenda por todo o Brasil. Nesse contexto a preocupação com as fronteiras vai ter uma atenção especial, ação em relação as fronteiras vão ter ação especial até porque nós sabemos que essas armas que são encontradas e utilizadas nos morros cariocas não são fabricada nem no Rio de janeiro nem no Brasil, elas entram pela fronteira”, afirmou Marun.

“Decisão tomada é a priorização da segurança pública com a criação, além da intervenção no Rio, com a criação de um Ministério da Segurança que vai colaborar com as polícias. Até porque, isso é absolutamente necessário. Essa digamos interrelação, essa troca de informações, essa contribuição, ela é absolutamente necessária”, disse Carlos Marun, ministro da Secretaria de Governo.

O ministro afirmou que o número de apreensões de armas reduziu nos últimos anos. Marun citou o próprio estado como exemplo como uma das portas de entrada de armamentos no país que abastece os grupos organizados.

“Nós aqui de mato Grosso do Sul melhor do que muitos, de que é necessário um novo tipo de ação nas fronteiras até porque a própria apreensão de armas pela polícia federal nas fronteiras brasileiras diminuiu nos últimos anos, diminuiu de forma digamos abrupta”, afirmou o ministro.

Segundo o levantamento da Polícia Federal, em 2016 foram apreendidos 179 armamentos pelos agentes da instituição em Mato Grosso do Sul. No ano passado, o número caiu para 101.

Marun disse ainda que, como ministro da Secretaria de Governo, levou o diagnóstico da segurança, mas não tem a responsabilidade de estabelecer estratégias. “Eu não posso trazer pra mim até porque se eu colocar aqui o meu pensamento em relação a isso ele pode ser mal interpretado como pensamento do governo e não é. O governo ainda não tem decisões tomadas a esse respeito para colocar”, disse.