O Sindicato dos Policiais Civis (Sinpol-MS) pediu para o Governo do Estado o fechamento da fronteira para investigar a morte do investigador Wescley Dias Vasconcelos, que foi morto com 30 tiros de fuzis, em uma emboscada próximo a 1º Delegacia de Ponta Porã no final da tarde desta terça-feira (6). Entidade acredita que muitos dos crimes ocorridos na região são fomentados pelo tráfico de drogas e armas.

Segundo o presidente do sindicato, Giancarlo Miranda, o combate a este tipo de crime não é função do policial civil. “Por força de um convênio do Estado com a União, os agentes de polícia investigam e prendem criminosos, sem ter a estrutura necessária para o trabalho, tão pouco incentivo para permanecer na fronteira, onde acabam sendo alvo das facções”, declarou Giancarlo.

As investigações da morte do investigador já foram iniciadas pela Delegacia Regional do município. O responsável pelas investigações é o delegado Márcio Shiro Obara da Delegacia Especializada em Homicídios (DEH).

Homenagens

O investigador Wescley era casado e tinha um filho pequeno. Eles residiam em Ponta Porã desde sua formação na Academia de Polícia, no final do ano de 2014. Em Mato Grosso do Sul, ele buscava uma melhor condição de carreira e vida para sua família. Sua vocação pela Segurança Pública começou na Bahia, onde foi policial militar por 6 anos. Ele colaborou com polícias de muitos estados brasileiros e, por isso, muitos manifestaram seu pesar pela perda inestimável.

O velório aconteceu em Ponta Porã com a presença de muitos policiais civis, militares e federais. O Sinpol-MS agradece as manifestações de apoio e condolências. “A morte do nosso amigo não será em vão. Transformaremos mais uma vez o nosso luto em luta por uma sociedade melhor e segura para os cidadãos”, concluiu Giancarlo. O sepultamento ocorrerá em Brasília-DF, onde seus familiares residem.