Após o julgamento do Tribunal Superior do Trabalho (TST), os trabalhadores da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos decidiram em assembleia na noite desta segunda-feira (12) encerrar a greve em Mato Grosso do Sul. Os trabalhadores retornaram as atividades nesta terça-feira (13).

Ontem, em julgamento do dissídio coletivo que havia sido ajuizado pela companhia ainda no ano passado, o TST decidiu que os empregados dos Correios e seus dependentes deverão pagar mensalidade para manter os planos de saúde.

“Como nosso objetivo era pressionar o julgamento do TST e os ministros julgaram pela cobrança do plano de saúde os trabalhadores optaram por encerrar a greve em Mato Grosso do Sul”, explicou a presidente do Sindicato dos Trabalhadores nos Correios, Telégrafos e Similares de Mato Grosso do Sul (Sintect-MS), Elaine Regina de Souza Oliveira.

A greve dos trabalhadores dos Correios durou um dia e teve adesão de 50% dos empregados, em 15 cidades do Estado. “Por mais que não conseguimos barrar o julgamento, nós não saímos derrotados da greve. Nós pelo menos estávamos lutando, tentando reverter a situação”, argumentou a presidente do Sintect-MS.

Plano de Saúde

A principal mudança é a introdução da cobrança de mensalidade dos empregados e seus dependentes (cônjuges e filhos), conforme faixas etária e remuneratória. Até então, os empregados e seus familiares que usavam o plano pagavam apenas um percentual por consulta ou exame, de acordo com uma tabela remuneratória do plano.

Os dependentes ascendentes (pais e mães) dos empregados continuarão no plano até julho de 2019, quando vence o ACT em vigor. Após esse período, deixarão de ser cobertos pelo plano, e ficarão assegurados os que estiverem em tratamento médico-hospitalar até a alta médica, segundo regras da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).