Cerca de 51% dos casos de cegueira no mundo são causados pela catarata. No Brasil, quase 28% dos casos da perda de visão em idosos acima dos 60 anos tem origem na doença, segundo dados da OMS (Organização Mundial da Saúde) divulgados pela Agência Brasil.

Trata-se de uma doença que atinge o cristalino do olho, uma espécie de lente natural, localizada atrás da íris do olho. “Via de regra nascemos com essa lente transparente e e com o passar dos anos, ela vai se tornando amarelada e endurecida, o que significa que neste olho está se desenvolvendo a catarata”, explica a médica oftalmologista Daniela Gemperli, que atua no ISO-MS (Instituto da Saúde Ocular de MS).

Um dos primeiros sintomas da doença é visão embaçada e basicamente existem três tipos de catarata, sendo a catarata congênita, quando o bebê já nasce com a doença; a catarata secundária, que se desenvolve devidos fatores externos, como diabetes e uso de determinados medicamentos ao longo da vida e a catarata senil, responsável pela estatística citada, aquela que se desenvolve geralmente a partir dos 60 anos e que qualquer pessoa está sujeita a ter. “A catarata é uma doença que vai surgir de acordo com a idade e todos estamos sujeitos a manifestar, não devemos nos espantar, pois, há tratamento com grandes chances de cura e a recuperação da visão”, destaca.

Em casos raros, há ainda a catarata traumática, aquela que se desenvolve após um traumatismo, como acidentes, perfurações e pancadas nos olhos. Segundo a OMS, 90% dos casos de catarata são curáveis. “A cirurgia de catarata é a mais bem-sucedida de toda a medicina. São cirurgias pouco traumáticas, contam com muita tecnologia e a recuperação é rápida. O processo consiste na retirada do cristalino cataratoso e implante de uma lente artificial para substituir o mesmo, de forma que a pessoa volte a ter uma visão mais clara e nítida. O implante da lente permite ainda ainda corrigir o grau total da pessoa, seja para casos de miopia, hipermetropia, astigmatismo e até mesmo a presbiopia (vista cansada)”, esclarece a oftalmologista.

A especialista adverte ainda sobre a necessidade de atenção aos sintomas, já que a catarata não causa dor e o único problema perceptível é a perda gradativa da visão. “É muito importante consultar periodicamente o oftalmologista, principalmente se perceber dificuldade de enxergar. É uma doença que resulta em cegueira, mas tem grandes chances de cura. A cirurgia em geral é recomendada quando os sintomas do paciente estão tornando as atividades cotidianas mais difíceis, ou seja, quando a visão não melhora com os óculos apenas”, explica.

 

*As informações são da Assessoria de Imprensa