A Polícia Nacional Paraguaia, Interpol (Organização Internacional de Polícia Criminal) e agentes da Fope (Força de Operações Policiais Especiais) impediram o resgate de um narcotraficante brasileiro conhecido como Marcelo Piloto. De acordo com o ABC Color, os envolvidos na ação realizada em Presidente Franco, distrito da cidade paraguaia Alto do Paraná, seriam ligados à facção criminosa Comando Vermelho.

Durante a operação de captura dos suspeitos, os policiais encontraram cerca de 84 quilos de explosivos em um carro ao qual o jornal paraguaio chamou de “carro bomba”. O plano dos criminosos era resgatar Piloto, preso desde 2017 em Assunção, capital do Paraguai.

O flagrante aconteceu às 5h40 desta quarta-feira (24/10) em uma residência localizada no cruzamento da Avenida Segunda-Feira com a Rua Miguel Medina. Dentro do imóvel soldados da facção faziam festa com som alto, momento em que foram surpreendidos pelos policiais.

Ainda segundo o ABC Color, houve confronto armado e três criminosos acabaram mortos. Na casa os agentes encontraram um veículo recheado com dinamites. Há cerca de 20 dias, outra tentativa de resgate ao narcotraficante já havia sido interpelada pela polícia paraguaia.

“Eles estavam ouvindo música alta. Depois disso, decidimos iniciar a operação. As pessoas ainda estavam acordadas no que seria a entrada principal da propriedade pavimentada. Ao perceber a presença da polícia, houve um confronto em que três pessoas foram mortas. Presumimos que os três são brasileiros “, explicou o procurador Hugo Volpe, em contato com a ABC TV.

“Um dos mortos tinha um AK-47, outro tinha um calibre AR-15 de 5,56, havia uma arma. Um dos veículos tinha 30 quilos de explosivos em gel (…) Seu poder explosivo é muito forte “, acrescentou o agente do Ministério Público.

CARRO BOMBA

Horas após o flagrante, os agentes levaram o veículo para uma área isolada e explodiram os dinamites. No carro havia cerca de 85 quilos de explosivos em gel, o que para o chefe da Divisão de Pólvoras Comerciais da Direção de Material de Guerra, Jorge Hermosilla, continham um alto poder de destruição.

Ao jornal paraguaio, Hermosilla indicou que a onda de choque provavelmente atingiria aproximadamente 200 metros do local de detonação.