Moradores do Dahma 3, condomínio de luxo em Campo Grande, estão denunciando à imprensa as constantes festas promovidas na mansão de Rachel Giroto, que está em prisão domiciliar, apontada como uma das envolvidas na maior operação contra corrupção de Mato Grosso do Sul, a Lama Asfáltica. Mesmo com “restrições” judiciais e bloqueio de bens, a esposa de Edson Giroto, ex-secretário de Estado que continua preso, vive uma vida de festança, incomodando e revoltando os vizinhos.

Desde maio de 2018, a festeira está presa em regime domiciliar cautelar, uma prisão sem condenação. A Justiça concedeu para ela cuidar da filha menor de idade, onde saiu da casa que morava no Dahma 1 e alugou uma mansão na unidade 3, e desde então não se deixou abalar pelos efeitos da ação judicial e promove festas com direito a músicas altas e gritaria, tirando o sossego dos moradores do residencial.

De acordo com o relato de uma moradora ao JNE, os seguranças do condomínio de luxo são acionados, mas ao ir na residência são hostilizados pela própria dona da mansão e seus convidados. Inúmeras reclamações foram feitas na administração do local, mas a bagunça e algazarra continuam. Outra moradora disse que tem vizinho que chega a chorar de desespero, pois nada é feito, e as festas se estendem por todo o dia.

A testemunha disse ainda que, se a administração do Dahma 3 não tomar nenhuma providência, o próximo passo é acionar a polícia, já que, além de incomodar e tirar o sossego dos vizinhos, ela acredita que Rachel Giroto não tem nenhum motivo para comemorar, já que está em prisão domiciliar e “o casal” está com milhões de reais bloqueados judicialmente – o último determinado foi no valor de R$ 16 milhões. “Pelo visto está sobrando dinheiro, mesmo com estes bloqueios”, desabafou.

O advogado de Rachel, Valeriano Fontoura, foi procurado pelo JNE, mas não atendeu as ligações.

Prisão – Edson Giroto está preso no Centro de Triagem Anízio Lima desde o dia 8 de maio de 2018. Esta foi a quarta prisão por consequência da Lama Asfáltica, uma reviravolta na Justiça. Além de determinar o congelamento dos bens, tornou Giroto e Rachel réus. Inquérito demonstrou que Giroto e Rachel são donos de várias propriedades rurais, imóveis e veículos de luxo, além de praticarem “inexplicável movimentação financeira”.