Morreu aos 57 anos, o general do Exército José Luiz Jaborandy Júnior, comandante militar da missão da ONU no Haiti. Jaborandy teria sofrido um infarto fulminante enquando viajava do Haiti para Manaus para visitar a neta recém nascida.
O brasileiro assumiu a Missão das Nações Unidas para a Estabilização no Haiti (Minustah) em 13 de março do ano passado em substituição ao general Edson Leal Pujol.
Jaborandy foi o décimo general brasileiro a assumir o cargo, já que o Brasil comanda a força militar da Minustah desde 2004, quando a missão foi criada. A exceção foi um período de poucos dias, em janeiro de 2006, quando as tropas ficaram sob comando interino de um general chileno, logo após a morte do general brasileiro Urano Bacellar.
Jaborandy ingressou no Exército em 1976. Formou-se oficial de Infantaria em 1979 e se distinguiu na carreira militar ocupando uma série de postos de comando. O general é formado pela Escola de Comando e Estado-Maior do Brasil e pelo Instituto de Estudos Superiores Militares de Portugal. Jaborandy serviu como assessor parlamentar do gabinete do comandante do Exército a Missão de Observação da ONU em El Salvador em 1992.
A Minustah foi criada pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas em 30 de abril de 2004 na tentativa de colaborar com o governo haitiano para a restauração da ordem no país. O Haiti sofre com as consequências de um longo período de instabilidade política, dificuldades econômicas e violência urbana.
A missão tem como metas estabilizar o Haiti, pacificar e desarmar grupos guerrilheiros e rebeldes, promover eleições livres e colaborar com o desenvolvimento institucional e econômico do país. Diante da estabilização política e do controle da violência, a ONU trabalha para a retirada gradativa dos militares estrangeiros. Em março de 2013, o governo brasileiro começou o processo de redução do efetivo militar no país.