O horário de verão brasileiro terá início no próximo dia 18 quando os relógios deverão ser adiantados em uma hora nos estados das regiões Centro-Oeste, Sul, Sudeste e no Distrito Federal. O horário normal será retomado em 21 de fevereiro de 2016.

As regras para alteração nos relógios foi estipulada por decreto assinado pelo então presidente Luis Inácio Lula da Silva, em 2008. O horário de verão dura, em média, quatro meses e começa sempre no terceiro domingo de outubro com encerramento no terceiro domingo de fevereiro, exceto quando o fim de semana coincidir com domingo de Carnaval. Nesse caso, o horário de verão se estende por mais uma semana.

Segundo o governo, o objetivo é aproveitar melhor a luminosidade natural do dia, já que nesse período os dias são mais longos que as noites, reduzindo o consumo de energia elétrica nos finais de tarde.

No horário de verão 2014-2015, o Ministério de Minas e Energia estimou que a redução da demanda de energia entre 18h e 21h foi de até 1.970 megawatts (MW) no subsistema Sudeste/Centro-Oeste. O valor é equivalente ao dobro da demanda da cidade de Brasília. No subsistema Sul, segundo o ministério, a redução foi 625 MW.

Os ganhos com a redução do consumo total de energia foram de cerca de 195 MW médios no subsistema Sudeste/Centro-Oeste, que equivale ao consumo mensal da cidade de Brasília, e 55 MW médios no subsistema Sul, equivalente ao consumo mensal de Florianópolis.

O MW médio é calculado por meio da razão MWh/h, onde MWh representa a energia produzida e h representa a quantidade de horas do período de tempo no qual a referida quantidade de energia foi produzida. No caso do horário de verão, são 4 meses, o equivalente a, aproximadamente, de 2.880 horas.

A redução total de 250 MW médios corresponde a um percentual estimado de 0,5%, nos dois subsistemas. Além disso, estima-se que ocorreu um ganho de armazenamento de energia nas hidrelétricas de 0,4% no sistema Sudeste/Centro-Oeste e 1,1% no sistema Sul.

Cristina Viduani com EBC
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