A parte de cima de um dos carros da Unidos da Tijuca afundou antes de entrar na avenida da Marquês de Sapucaí na madrugada desta terça-feira (28). Segundo informações divulgadas pela Secretaria Municipal de Saúde, 20 pessoas foram atendidas no posto médico do sambódromo.

Do total, 12 ficaram feridas e oito receberam assistência devido à ansiedade e ao nervosismo. Nove foram transferidas para hospitais, três delas mais com ferimentos mais graves: uma com suspeita de fratura na clavícula esquerda, outra com traumatismo craniano e a terceira com traumatismo abdominal.

O segundo carro da Tijuca, que representa a cidade de Nova Orleans, estava pronto para entrar na avenida quando houve o acidente. O desfile chegou a ser interrompido, mas voltou minutos depois. O carro ficou parado enquanto os integrantes eram socorridos.

Integrantes das demais alas passaram ao lado do carro para poder entrar na avenida. Após a liberação dos bombeiros, a escola tentou inicialmente retirar o carro da pista pelo primeiro recuo da bateria, mas a alegoria teve que seguir pela avenida, prejudicando a evolução da escola.

“O carro foi testado três vezes por semana com mais peso do que colocamos hoje. Nessa reta final os testes eram diários. Uma fatalidade enorme. Não podemos parar, querido. Isso aqui é Carnaval. Tem que tirar força do coração e seguir em frente”, disse ao UOL Ailton Freitas, diretor de harmonia da Tijuca.

“A Tijuca tem uma obrigação com o público, e com a transmissão. Quem tem que ser atendido está sendo atendido e, de resto, tentamos transcorrer normalmente”, disse o carnavalesco Fernando Costa, em entrevista à rádio Band Rio. Com o enredo “Música na alma, inspiração de uma nação”, a Tijuca conta a história da música norte-americana. O fio condutor é um encontro real entre Louis Armstrong e Pixinguinha, ocorrido em 1957.

Uma das vítimas do acidente, Ricardo de Oliveira Cardoso Jr., 32 anos, disse que integrantes da escola já estavam preocupados com a segurança da alegoria nos ensaios.

“A gente já havia questionado que o carro balançava bastante nos ensaios. Me como sempre ofereceram segurança, nós acreditamos e fomos para avenida. Chegou na avenida, tinha mais pessoas em cima do carro do que nos ensaios”, contou ao UOL no Hospital Municipal Souza Aguiar, onde foi atendido e liberado após tratar as escoriações leves na perna e a alta de

Terceiro acidente com carros

O acidente é o terceiro envolvendo carros alegóricos no Carnaval do Rio. Na primeira noite, um carro da Paraíso da Tuiuti perdeu o controle e feriu 20 pessoas – três delas em estado grave. No domingo, um carro da União da Ilha teve dificuldades para entrar na pista, chegou a se desviar na pista e encostar nas grades e sofreu com uma pane elétrica que deixou todas as luzes apagadas durante o desfile. Apesar do problema, nada mais grave aconteceu.

O segundo acidente veio minutos depois, com a passagem da Mocidade Independente de Padre Miguel. Uma plataforma se soltou da lateral do quarto carro da escola, levando a integrante que estava sobre ela ao chão. Segundo a diretoria da escola, a jovem, chamada Paula, está bem e não sofreu ferimentos. (Uol)