A greve geral dos professores contra a Reforma da Previdência, nesta quarta-feira (15), tem adesão de aproximadamente 90% das escolas estaduais de Campo Grande. A informação é do presidente da Fetems (Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul), Roberto Botarelli.

Segundo Botarelli, ainda não é possível afirmar o número total de escolas que tiveram as aulas suspensas na Capital. No interior do Estado, segundo o sindicalista, a adesão chega a quase 100%.

O Jornal Midiamax esteve na Escola Estadual Lúcia Martins Coelho, na área central, e as aulas seguiam normalmente. A direção da escola não se manifestou, mas, segundo os estudantes, as aulas não foram paralisadas por se tratar de ensino em período integral.

Aluno do 2° ano do Ensino Médio, Andreo Alexander, 16 anos, diz não concordar com a paralisação das aulas por conta da dificuldade para reposição, mas, afirma que também não é a favor da Reforma da Previdência.

Beatriz Benitez, 15 anos, também é aluna do 2º ano do Ensino Médio e, diz achar justa a paralisação. “É valido, pois se não houver mobilização, não tem como lutar pelos direitos”, afirma.

Segundo o presidente da Fetems, durante o ato, marcado para a Praça Ary Coelho, serão definidas as atividades que os diversos sindicatos e categorias vão realizar durante o dia. Sobre a Reforma da Previdência, Botarelli diz acreditar que os protestos vão surtir efeito.

“Acredito que sim, pois o deputado que não repensar o voto, vai ser denunciado por todas as organizações sindicais e a população lembrará disso na hora de votar. A Reforma da Previdência é muito cruel para todos os brasileiros. Com essa proposta, dificilmente alguém vai conseguir se aposentar”, afirma.

A greve geral contra a reforma da previdência foi convocada pela CNTE (Confederação Nacional dos Trabalhadores da Educação) e sindicatos de vários estados estão aderindo ao movimento. (Midiamax)