Já se completa 17 dias que operação Carne Fraca foi desencadeada, e a repercussão, que foi mundial, tem gerado grande preocupação para Mato Grosso do Sul, e os pecuaristas temem que os frigoríficos fechem as portas, por isso, o governo estadual monitora de perto a situação.

Nenhuma empresa do Estado foi investigada, mas ocasionou na suspensão das atividades de seis dos sete frigoríficos do JBS, incluindo a unidade de Anastácio, responsável mais de 80% do mercado no Estado, por três dias e em férias coletivas dos funcionários de dez dias podendo ser prorrogada por mais dez.

Em entrevista ao Campo Grande News, o secretário da Semagro (Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar), Jaime Verruck, disse que o governo está monitorando de perto os frigoríficos, para que não encerrem as atividades. “Vamos demorar muito tempo para recuperar nossa imagem e nossa preocupação neste momento é que os frigoríficos fechem as portas. Aceitamos as férias coletivas, porque é uma adequação ao mercado, mas elas não podem fechar as portas”, alega.

Ainda de acordo com o site de notícias, o presidente da Famasul (Federação de Agricultura e Pecuária de MS), Maurício Saito, voltou a dizer que a carne do Estado é forte. “Somos referência para qualquer país. Nossa carne é de qualidade, se não fosse, não teríamos mais de 150 países importando nosso produto. Nosso sistema de vigilância é seguro e não podemos estudar questões pontuais”.

Conforme o presidente do Sindicato Rural, Rui Fachini, pecuaristas estão preocupados. “O mercado da carne também é preocupante. Antes da operação, já estávamos com receio da crise econômica, mas tínhamos um lado positivo que eram as exportações, aí desencadeou a operação. Temos que analisar como vai ficar o preço, porque a situação é preocupante”.