A alíquota diferenciada do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) para o café torrado alíquota subiria para 17% no dia 30 de abril, porém o governador Reinaldo Azambuja decidiu manter o incentivo fiscal em 7%, prorrogando por mais um ano beneficiando assim, 18 indústrias de Mato Grosso do Sul.

O empresário e vice-presidente da Associação das Indústrias de Café de MS, Nílton Luciano dos Santos, disse ao site de notícias Campo Grande News, que a manutenção da alíquota de 7%, está diretamente ligada à sobrevivência do setor, com indústrias em Campo Grande, Naviraí, Corumbá, Aquidauana, Sete Quedas, Paranaíba, Cassilândia e Ivinhema, e manutenção de pelo menos 800 empregos.

“Sem o incentivo, algumas indústrias certamente fechariam as portas por conta da concorrência já acirrada com o café de outros Estados, que também têm os seus benefícios, e isso acabaria por inviabilizar a nossa atividade”, informou ao site de notícias.

Ainda de acordo com o Campo Grande News, o governador reafirmou o compromisso de apoio ao empresariado, ouvindo e dialogando com cada segmento sobre demandas que buscam fortalecer o setor produtivo para gerar não apenas receita, mas também empregos. Azambuja disse ainda, que mesmo na crise, o governo tem atendido a cadeia produtiva com incentivos e investimentos em infraestrutura.

“Tomamos medidas impopulares para dar equilíbrio financeiro ao Estado, que reduziu de tamanho com reformas essenciais, e conquistamos credibilidade para continuamos avançando a economia com linhas de financiamento e incentivos”, alegou.

A medida foi anunciada em reunião com empresários do setor e o presidente da Fiems (Federação das Indústrias de Mato Grosso do Sul), Sérgio Longen, com a presença do secretário de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar, Jaime Verruck, realizada nesta quarta-feira (19), na Governadoria.

Para Verruck, o governador entende a importância do pleito dos empresários para sustentação dos empregos e competitividade. “Sem esse incentivo, certamente o segmento perderia competitividade para produtos de outros estados”, pontuou.

Mas não são apenas os empresários que se beneficiam com a manutenção da alíquota, os consumidores também, pois os preços do café nas gôndolas dos supermercados deverão ser mantidos.

 

Foto: Chico Ribeiro