Com pouco mais de 1,5 mil quilômetros de fronteira com Paraguai e Bolívia, o governo estadual estuda ampliar o contingente das forças de segurança pública na região, e para isso pode usar policiais da reserva para reforçar policiamento ostensivo.

A informação foi dada pelo atual secretário estadual de administração, Carlos Alberto Assis (PSDB), ao Jornal Midiamax, que neste domingo acompanhou a prova do concurso para professores da SED (Secretaria de Estado de Educação). Mato Grosso do Sul tem 1.517 km de fronteira, dos quais 1.131 com o Paraguai e 386 com a Bolívia, sendo 549 km de fronteira seca.

A justificativa para envio de policias da reserva à fronteira, explicou Assis, se dá porque o uso destes servidores não iria prejudicar o efetivo policial que ainda está na ativa nos municípios sul-mato-grossenses.

Outro fator que é visto com bons olhos pela gestão de Reinaldo Azambuja (PSDB), é o fato que os policias da reserva já possuem capacitação para o trabalho de policiamento ostensivo, o que dispensaria dispendiosos investimentos em treinamento.

Ainda de acordo com o Jornal, apesar do assunto ainda ser alvo de estudo por parte da administração tucana, o secretário adiantou que o governo deve conceder um incentivo financeiro para motivar os policias da reserva a voltarem ao trabalho nas ruas.

Além disso, o secretário lembrou que o governo estadual já cobrou da União participação no custeio dos presos federais. Assis afirmou que dos cerca de 15 mil detentos que cumprem pena nos presídios de Mato Grosso do Sul, pelo menos 8 mil são oriundos do tráfico de drogas, um crime federal, que a gestão tucana quer que sejam bancadas pelo governo federal.