O pedido partiu da filha de José, Josyane Batista Gomes Rodrigues. No documento formulado pelo advogado José Roberto da Rosa, a família alega que o ex-tenente tem 58 anos, sofre de transtorno neurótico de ansiedade, neurastenia e episódio depressivo e, por isso, não tem condições de realizar “atividades básicas da vida em sociedade”.
Baseado no laudo médico enviado pela defesa e na necessidade de cuidados que José precisa receber diuturnamente, o juiz Valter Tadeu Carvalho aceitou o pedido e nomeou Josyane como curadora provisória do pai. Com isso, ela passa a ser responsável por receber, administrar e declarar a aposentadoria de José como militar reformado e, também, por representá-lo em qualquer situação.
O juiz ainda determinou o interrogatório do ex-tenente sobre o caso para o dia 25 de junho, às 14 horas, na sala de audiências do Fórum de Terenos – a 25 quilômetros de Campo Grande.
Assassinato e furto do corpo – Rosilei foi esfaqueada no dia 9 de fevereiro e morreu no dia 10. Autor do homicídio, Adailso Couto, foi preso após apresentar-se à polícia de Terenos.
O velório e o enterro aconteceram no dia 11 de fevereiro, na manhã de uma segunda-feira, mas no dia seguinte, após chamado do coveiro do cemitério, a Polícia Civil descobriu que o corpo havia sido furtado.
A investigação e duas prisões levaram a polícia a José Rodrigues, ex-tenente e ex-namorado de Rosilei. Segundo Edson Maciel Gomes, primo de José que ajudou na operação para levar o corpo do cemitério, o ex-PM e a mulher teriam um “pacto de amor eterno”, onde quem morresse primeiro o parceiro buscaria o corpo e o enterraria o mais perto possível.
José, no entanto, foi definido como “obcecado” pela vítima e é dono de um histórico de violência com 11 boletins de ocorrência. O cadáver de Rosilei só foi localizado dois dias depois, enterrado na chácara do ex-tenente, que fica em Campo Grande, na saída para Três Lagoas.