O Radar Ambiental do Sistema Famasul aponta que entre 1987 e 2017, Mato Grosso do Sul ampliou sua produção agrícola de grãos em quase quatro vezes, sem que para isso ocorresse aumento de área na mesma proporção. Com o uso de boas práticas agrícolas e de tecnologia, o levantamento aponta que os agricultores do estado “pouparam” mais de 4,2 milhões de hectares em abertura de novas áreas para a atividade, sem que isso prejudicasse a produção de alimentos.

De acordo com o Radar Ambiental, nestes 30 anos a área cultivada no estado passou de 2,267 milhões de hectares para 4,545 milhões de hectares, incremento de 100,5%, mas a produtividade das lavouras cresceu 94%, saltando da média de 3.938 quilos por hectare para 4.217 quilos por hectare. O estudo atribui essa ampliação do rendimento a evolução tecnológica do setor e difusão de conhecimentos, com o uso da agricultura de precisão, plantio direto, irrigação e sistemas de integração, entre outros.

No Radar Ambiental, o Sistema Famasul ressalta o apoio da comunidade científica e de pesquisa pelo desenvolvimento das novas tecnologias e pelo compartilhamento do conhecimento, mas ressalta o papel fundamental desempenhado pelo produtor rural do estado para que esses resultados fossem alcançados, lembrando que somente houve efetividade dessas inovações porque elas foram incorporadas pelos agricultores no dia a dia das propriedades.

Tomando como referência o ciclo 2017/2018, o levantamento indicou que naquele ciclo apenas 13% dos 35,714 milhões de hectares do território sul-mato-grossense foram utilizados pela agricultura para a produção de grãos.