Após a descoberta do furto de 100 quilos de cocaína da Delegacia de Polícia Civil de Aquidauana no dia 11 de junho deste ano, a Polícia Civil tem feito, de forma ininterrupta, diversas diligências. Em todas as fases foram cumpridas mandados de busca e apreensão e de prisão. Ao total, 16 pessoas já foram presas relacionadas ao delito.

De acordo com informações repassada pela investigação, a sexta fase, realizada no dia 26 de julho, prendeu dois homens em Aquidauana. Um deles tem passagem por tráfico internacional de cocaína. Já a sétima fase foi realizada no dia 01 de agosto, com cumprimento de três mandados de busca e apreensão com a prisão de outro homem, por posse irregular de arma de fogo.

Os nomes dos presos não foram divulgados e de acordo com o delegado titular de Aquidauana, Wilkson Vasco, maiores detalhes somente serão repassados ao fim das investigações, que continuam de forma ininterrupta.

Ainda de acordo com a autoridade policial, da sexta e sétima fase participaram diversas Delegacias da Força Tarefa da Polícia Civil sendo: Delegacia Regional de Aquidauana (DRP-Aquidauana), Primeira Delegacia de Aquidauana, Delegacia de Atendimento à Mulher de Aquidauana (DAM), Delegacia de Miranda, Delegacia de Anastácio, Delegacia de Dois Irmãos do Buriti, Delegacia de Bodoquena e Delegacia de Combate ao Narcotráfico (DENAR), sendo um total de 50 policiais civis participando das diligências.

O furto e a ligação com o PCC

O delegado de Polícia, Eder de Oliveira Moraes, que na época do sumiço da droga, era o titular da Delegacia de Aquidauana, está preso suspeito de ser o mandante do furto junto com a advogada Mary Stella Martins de Oliveira, o marido dela e outros envolvidos.

Para identificar os suspeitos, a investigação se valeu das oitivas de testemunhas, apreensão de documentos e celulares, este último, com quebra de sigilo de dados, onde foram descobertas mensagens trocadas por celular que apontam ligação do delegado, como se ele tivesse facilitado a retirada.

Ainda segundo apuração feita pelo JNE, logo após a prisão do delegado Eder, foi aberta uma investigação paralela, já que surgiram denúncias do envolvimento do delegado em corrupção policial, como por exemplo, extorquir pessoas presas por ele para terem a sua liberdade de volta, agindo com a Mary Stella e outro advogado que também se encontra preso. Também há suspeita de ligação do delegado com a facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital).

Ainda segundo as informações obtidas são de que um dos presos que ajudou o delegado no furto da cocaína seria faccionado internacional do PCC, além de ter ligações com as FARC. Cinco dos presos ligados ao sumiço da droga fariam parte da facção criminosa em níveis diversos de escala dentro do organograma do PCC.

Foto: Arquivo