O empresário e ex-gerente do banco BCN de Ponta Porã, Elesbão Lopes Carvalho Filho, 68 anos, foi executado a tiros em sua residência, no Bairro Santa Izabel, em Ponta Porã, no começo da noite desta quinta-feira (12). A polícia está em busca dos três criminosos que participaram da execução da vítima. O atirador usou uma almofada para “abafar” o barulho dos dois disparos na nuca do empresário.

Elesbão chegava no imóvel da Rua Heliodoro Alves Salgueiro em um Citroen, prata, quando foi surpreendido pelo trio. Logo em seguida a esposa do empresário, uma vizinha e uma massagista que estavam no local foram rendidas e imobilizadas com fita adesiva.

Enquanto elas eram mantidas na mira dos criminosos, o outro atirador levou Elisbão até o fundo da residência e o matou com os dois tiros na nuca. Antes de fugirem, eles ainda reviraram objetos da casa e deixaram um cofre aberto. No endereço, peritos apreenderam o celular da vítima e um projétil de calibre ainda indefinido.

Câmeras de segurança na região também foram recolhidas pela polícia e o indícios são de que o crime tenha sido minuciosamente planejado pelos criminosos. As testemunhas relataram que pelo menos um dos pistoleiros usava luvas.

A vítima fez aniversário na última sexta-feira (06).

Condenação

Elesbão era proprietário de uma casa das embalagens na cidade, mas já havia sido condenado a 132 anos de prisão pelo então juiz federal Odilon de Oliveira, no ano de 2004. Entre 1992 a 1997 Elesbão autorizou aberturas de contas em nomes de fantasmas e laranjas, na agência do BCN em Ponta Porã.

Foram 29 contas abertas, por onde foram desviados R$ 3 bilhões. Os desvios vieram a tona em grandes escândalos de corrupção no país, mas os verdadeiros donos das contas não foram descobertos.