Campo Grande (MS) – lançado nesta segunda-feira (18), o Selo Arte de Mato Grosso do Sul vai possibilitar que produtos artesanais de origem animal, mesmo tendo apenas a certificação sanitária do município (SIM), possam ser comercializados em todo o Brasil. O ato de criação do Selo Arte foi assinado pelo governador Reinaldo Azambuja e pelo secretário de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar (Semagro), Jaime Verruck, junto com a portaria que normatiza a produção de queijos artesanais, o primeiro produto capacitado a receber a nova certificação.

“Hoje estamos implantando o selo e junto estabelecendo a regulamentação para produção de queijo. Em seguida virá a regulamentação para produção de linguiças e depois para outros produtos de origem animal. O importante é que a partir de agora, o pequeno produtor, aquele que faz seu produto de forma predominantemente artesanal, vai poder comercializar em todo o país mesmo tendo apenas a certificação de sanidade do município. Um exemplo são os queijos vendidos no mercadão. Hoje não podem ser comercializados em outras cidades, com o Selo Arte podem ser vendidos em qualquer estado”, disse Jaime Verruck.

Na opinião do governador Reinaldo Azambuja, o importante dessa medida é exatamente a simplificação das normas sanitárias e a abertura de mercado para os produtos artesanais. “Vamos abrir um leque de oportunidades, sobretudo quando esses produtos todos forem reunidos em uma plataforma virtual e ofertados para compradores de todo o Brasil.”

O governador disse que a palavra de ordem é simplificar, porém comprometer a qualidade. “Temos um trabalho importante, os fiscais da Iagro que vão conferir se os produtores estão seguindo as normas estabelecidas, sobretudo no manejo do produto. Porque esse Selo será a garantia da qualidade, vai conferir segurança ao consumidor”, disse.

Rozânea Savitraz, que há 10 anos produz queijos tipo Minas e já possui a certificação do SIE (Sistema de Inspeção Estadual), entende que o Selo Arte vai agregar valor ao individualizar o produto. “Hoje eu fabrico o queijo Minas padrão, meu produto não pode ser diferente dos outros que seguem as mesmas normas. Com o Selo Arte eu posso estabelecer um padrão próprio e chegar a um produto único, diferenciado”, disse.

O secretário Jaime Verruck enfatiza que, além de atestar características próprias ao produto, o selo também pode estabelecer a identificação geográfica. Esse será o caso, por exemplo, da Linguiça de Maracaju, cujo Selo Arte vai atestar a origem de procedência desse produto como sendo daquele município, seguindo os padrões estabelecidos para seu preparo.

Participaram também do ato de lançamento do Selo Arte, na Governadoria, os secretários de Governo, Eduardo Riedel; de Administração, Roberto Hahioka; de Relações Institucionais e Assuntos Estratégicos, Pedro Chaves; os deputados Vander Loubet (federal) e Rinaldo Modesto (estadual); o superintendente do Ministério da Agricultura, Celso Martins; o superintendente do Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio à Micro e Pequena Empresa), Cláudio Mendonça; os diretores presidentes da Iagro (Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal), Daniel Ingold, da Agraer (Agência de Desenvolvimento Agrário de Mato Grosso do Sul), André Borges; e da Fundect (Fundação de Apoio ao Desenvolvimento do Ensino, Ciência e Tecnologia), Márcio de Araújo Pereira, prefeitos, produtores rurais e demais convidados.