Segurança no presídio foi reforçada - Marcos Maluf/Campo Grande News

O paraguaio Cristian Javier Benítez Vera, um dos 74 foragidos do Presídio de Pedro Juan Caballero, atendeu um pedido dos pais e se entregou a polícia nesta quarta-feira (22). Ele é o sexto recapturado e contou em depoimento detalhes sobre a fuga em massa que aconteceu na unidade na madrugada de domingo, 19 de janeiro.

Após três dias da fuga, Cristian procurou a polícia. Ele afirmou que estava o tempo todo sozinho, escondido no mato e que resolveu se entregar após o pedido dos pais.

Em depoimento alegou não ser integrante do PCC (Primeiro Comando da Capital), mas confessou que foi convidado pelos líderes da facção a participar da fuga. Para a polícia, explicou que não sabia da fuga, mas, assim como outros presos, aproveitou a movimentação para escapar.

Ainda segundo Cristian, parte do grupo saiu pelo túnel, mas os líderes do PCC saíram pela porta da frente da unidade, com apoio esperando do lado de fora. O preso foi levado para exames em um hospital e logo em seguida para Departamento de Investigações.

A hipótese de uma liberação dos presos é investigada pela polícia paraguaia desde domingo, pois os cadeados não estavam arrombados e seria impossível não notar o trabalho de escavação do túnel, já que os internos deixaram 200 sacos de areia em uma cela “fechada”. A situação resultou na prisão do diretor da penitenciária Christian González e de 30 agentes da unidade.

Todos tiveram a prisão preventiva decretada, nesta terça-feira (21), e foram transferidos justamente para o Presídio de Pedro Juan Caballero, onde trabalhavam. Na manhã desta quarta-feira, a unidade amanheceu com a presença policial reforçada.

Conforme o site ABC Color, um relatório técnico da empresa de Segurança, Inteligência e Tecnologia, responsável pela segurança da unidade, confirmou que as 16 câmeras da penitenciária estavam funcionando no momento da fuga. Ainda no domingo, as imagens foram recuperadas, mas para o acesso precisam ser desbloqueadas por um técnico da empresa.

Ainda conforme os representantes, as câmeras transmitiam imagens do presídio “ao vivo” para o escritório do diretor da prisão, a empresa e o próprio Ministério da Justiça, que afirmou ao portal de notícias não ter tido acesso as gravações ainda, mas que há funcionários especializados nessa área verificando o caso.

Fonte: Campo Grande News