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Com 4 anos seguidos de crescimento, em 2020 PIB de MS recupera o tamanho que tinha antes da crise

Mato Grosso do Sul está entre os 12 estados que devem recuperar neste ano o tamanho do PIB (Produto Interno Bruto) existente em 2014, véspera da grave crise econômica que arrasou a economia do país. O estudo é da empresa Tendências Consultoria Integrada que mostra o vigor da agropecuária, pois os estados com economia baseada nesta atividade exibem os maiores índices de crescimento no período (2015 a 2020): Mato Grosso 12,6%, Roraima 11,6% e Mato Grosso do Sul 8,8%.

“Mato Grosso do Sul é o terceiro Estado com maior capacidade de recuperação do PIB e isso se deve aos fundamentos de nossa economia”, analisa o secretário de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar (Semagro), Jaime Verruck. “O agronegócio sofreu muito com a crise e tem apresentado uma recuperação exuberante. Colhemos safra recorde de milho ano passado, nesse ano teremos safra recorde de soja. Além disso, cabe destacar a diversificação das atividades com retomada da produção sucroenergética, do eucalipto, e o PIB da agroindústria que também contribuiu muito”, completou.

Estudo da Semagro mostra que, em 2015, quando o Brasil entrou em crise, o PIB de Mato Grosso do Sul teve queda de -0,27% e no ano seguinte, novo tombo de -2,63%. A partir de 2017 teve início a recuperação com forte crescimento de 4,88%. Para 2018 o índice previsto é de 2,86%, mais 2,23% em 2019 e 3,36% em 2020.

Em nível nacional a situação não é a mesma. A queda acumulada do PIB foi de 6,9%. Mesmo com previsão de crescer 2,1% em 2020, ainda assim o volume da economia do Brasil estará 1% abaixo do patamar que tinha em 2014, e esse resultado deve-se, sobretudo, aos estados das regiões Sudeste e Nordeste que ainda se ressentem muito da crise. Com todo crescimento acumulado o PIB do Sudeste deve ficar 2,9% menor que o nível pré-crise e o do Nordeste, -3,9%.

Como se trata de projeção, alguns percalços podem produzir resultados frustrantes, observa Verruck. “Há uma possibilidade de crise do comércio mundial em decorrência do surto de coronavírus que pode levar a uma retração de consumo pela China. Esse é a ameaça mais visível que pode comprometer a expectativa de crescimento da economia nacional”.

(João Prestes)