Para a polícia do Paraguai, são grandes os indícios de envolvimento da facção criminosa brasileira PCC (Primeiro Comando da Capital) na execução do jornalista Lourenço Veras, o Leo, ocorrida no dia 12 deste mês em Pedro Juan Caballero, cidade paraguaia vizinha de Ponta Porã.

Nesta segunda-feira (24), o comissário Gilberto Fleitas, chefe do departamento contra o crime organizado da Polícia Nacional, disse que aumentaram as suspeitas de que o PCC tenha ordenado a morte de Leo Veras após a perícia comprovar que a pistola Glock 9 milímetros usada por um dos pistoleiros foi utilizada em outras execuções na fronteira. A prova veio da comparação das balas e cartuchos recolhidos na casa do jornalista com munições de outros crimes.

Em entrevista à rádio ABC Cardinal, de Assunção, o comissário afirmou também que a execução de Leo Veras teria sido terceirizada por chefes locais do PCC “que se passam por poderosos empresários”.

Segundo Fleitas, a peça-chave da investigação foi o Jeep Renegade branco encontrado na madrugada de sábado durante a Operação Alba, que prendeu seis paraguaios, três brasileiros e um boliviano em Pedro Juan Caballero.

O carro é idêntico ao usado pelos três homens encapuzados que invadiram a casa de Leo Veras na noite de 12 deste mês e o executaram na frente de seus filhos, da esposa e do sogro.

Salinas – Na entrevista de hoje, o comissário Gilberto Fleitas reafirmou que os supostos mandantes da execução são integrantes da estrutura criminosa liderada por Sergio de Arruda Quintiliano Neto, o Minotauro, Ederson Salinas Benítez, o Ryguasu, e Marcio Sanchez, o “Aguacate”.

*Com informações do Campo Grande News