Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado

O senador Irajá Silvestre Filho (PSD-TO) é investigado pelo estupro de uma jovem de 22 anos. O crime teria ocorrido em um flat num bairro nobre de São Paulo, capital, e o boletim de ocorrência foi registrado na madrugada desta segunda-feira (23), no 14º Distrito Policial (Pinheiros).

Filho da também senadora Kátia Abreu (PP-TO), Irajá nega as acusações. Ele trata o caso como um “episódio infame, maldoso e traiçoeiro”, diz que se apresentou voluntariamente para ajudar as investigações e que vai provar a sua inocência.

O caso

De acordo com o documento obtido pelo R7, a vítima conheceu o senador num restaurante no Jockey Club de São Paulo. Depois, à noite, teriam ido para uma balada. No local, “conheceram outras pessoas, consumiram bebidas alcoólicas e ali permaneceram, relatando a vítima que dado instante perdeu a consciência e veio a acordar na suíte de um flat”.

A jovem diz que recobrou a consciência no flat, quando acordou com o senador em cima dela, cometendo o estupro. O parlamentar teria dito, segundo a vítima, as frases “você é minha” e “agora você é minha, eu estou apaixonado”.

Segundo o R7, a vítima disse que não resistiu ao abuso porque ficou com medo de ser agredida, mas pediu para tomar água e ir ao banheiro, mas teve o pedido negado. Ela conta que, quando finalmente conseguiu ir ao banheiro, se trancou e mandou mensagens para uma amiga pedindo socorro.

Após a amiga chegar, a vítima partiu para cima do senador, dando socos. Em seguida, as duas desceram para a recepção, onde acionaram a polícia. O senador teria continuado no quarto, mas não foi encontrado pelos policiais que responderam ao chamado.

A equipe solicitou perícia no local, além de encaminhar a vítima para exames de conjunção carnal e outros atos libidinosos, assim como exame toxicológico.

Leia, abaixo, a íntegra da nota do senador:

“Foi com surpresa, decepção, tristeza e indignação que tomei conhecimento do episódio infame, maldoso e traiçoeiro envolvendo a minha vida e minha dignidade.

Eu sempre pautei minha vida profissional, pública e pessoal pela ética, respeito e retidão, sendo inimaginável ser acusado de algo dessa natureza.

O fato é que, como principal interessado na revelação ampla e total de toda essa farsa, solicitei que meu advogado, Daniel Bialski, reforçasse às autoridades responsáveis pela investigação do caso que requisitassem a realização de exame de corpo delito na acusadora para comprovar a verdade.

Ressalto que compareci espontaneamente à delegacia responsável pela apuração dos fatos e pedi para ser submetido, voluntariamente, a exame de corpo de delito e toxicológico, tudo para desmistificar o quanto aleivosamente alegado.