O professor e dirigente partidário, Florêncio Garcia Escobar, 55 anos, foi preso na noite desta sexta-feira (22), em cumprimento do mandado de prisão deferido pela Justiça, após pedido da delegada titular da DAM – Delegacia de Atendimento à Mulher, Joice Ramos. O professor é acusado de estupro contra sua afilhada e a irmã dela. Após o caso vir à tona, outra acusação foi registrada na delegacia, onde a filha de um amigo de Florêncio, atualmente com 38 anos, relatou ter sido estuprada pelo professor há 24 anos atrás, quando esta tinha 16 anos, em uma viagem para a praia, que Florêncio organizou com um grupo de amigos.

De acordo com informações levantadas pelo JNE, a prisão preventiva foi decretada no final da tarde desta sexta, onde policiais da DAM saíram em diligência e o localizaram em sua residência. Ele não resistiu à prisão, porém afirmou que só falaria na presença de seu advogado.

A prisão foi deferida pela Justiça, após a delegada Joilce Ramos e sua equipe reunir as provas dos crimes de estupro de vulnerável, em especial Relatório de Atendimento Psicológico das vítimas e Laudo de Exame de Conjunção carnal, apresentadas ao Judiciário.

Após casos serem divulgados, Florêncio foi afastado do Conselho Estadual de Saúde, onde era presidente e do Simted – Sindicato Municipal dos Trabalhadores da Educação, em Aquidauana, onde atualmente era tesoureiro. “Petista roxo”, o professor acabou sendo expulso do PT – Partido dos Trabalhadores.

O JNE acompanha o caso.

Professor é acusado estuprar afilhada dos 8 aos 12 anos

O caso foi descoberto no início de dezembro de 2020, quando a vítima, atualmente com 18 anos, teve uma crise de pânico ao ver o suspeito, em um jantar. Os crimes vieram à tona quando a vítima, que hoje mora em Campo Grande, foi passar um final de semana na casa da mãe, em Aquidauana. Lá, ela voltou a encontrar o criminoso que também é amigo de confiança e de longa data da família. Ela teve uma crise de pânico e a amiga dela resolveu contar o segredo para a mãe.

Segundo as denúncias, os abusos começaram quando ela tinha 8 anos. Em razão dos ataques, a vítima sofreu depressão, teve crises e tentou suicídio por várias vezes. Nessas ocasiões, diz ela, quem a levava para o hospital era justamente Florêncio, tamanha a confiança que a família depositava nele.

A garota abusada detalhou que chegou a se masculinizar, na tentativa que o abusador perdesse o desejo por ela, mas isso não teria adiantado. A irmã da vítima, que tem 15 anos, também revelou ter sido abusada. O caso chegou à Delegacia da Mulher em Aquidauana, onde o caso segue em segredo de Justiça, porém o JNE teve conhecimento que as vítimas já passaram por atendimento psicológico e exames físicos, onde estes laudos já foram anexados ao inquérito e a investigação segue a todo vapor.