Documentos do Ministério Público Federal apontam que os líderes da rebelião que ocorreu em Manaus e terminou com 56 mortos entre o domingo e a segunda-feira (2) têm estreita relação com as Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia), o principal grupo guerrilheiro colombiano. As informações são do Bom Dia Brasil.
Segundo estes documentos, os traficantes brasileiros teriam comprado pistolas, fuzis e submetralhadoras do mesmo fornecedor de armas das Farc.
Eles também teriam criado um tribunal paralelo que decide sobre os crimes que podem ser praticados e determina até sentenças de morte dentro dos presídios.
O motim no Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj) de Manaus durou 17 horas. Além das mortes, mais de 180 presos fugiram.
Além desta rebelião, outras três unidades prisionais de Manaus tiveram fugas ou motins. Ao todo, 60 presos morreram. As brigas estariam ligadas à disputa de território entre duas facções rivais que atuam no estado, a Família do Norte (FDN), ligada ao Comando Vermelho (CV), e o PCC (Primeiro Comando da Capital).
As investigações após a rebelião apontam ainda que a empresa Umanizzare, que administra a unidade, alertou o secretário de Administração Penitenciária do Amazonas, Pedro Florêncio Filho, dos riscos de se permitir visitas no fim do ano aos presos.