Polícia entra na maior penitenciária do RN após briga que deixou ao menos 10 mortes

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Agência Brasil/AN

Policiais entraram por volta das 6h (7h em Brasília) deste domingo (15) na Penitenciária Estadual de Alcaçuz, em Nísia Floresta, região metropolitana de Natal (RN), e controlaram a situação após 14h da rebelião que começou na tarde de sábado. Segundo o secretário de Segurança Pública e Defesa Social do Rio Grande do Norte, Caio César Bezerra, a intervenção aconteceu de forma tranquila e não houve resistência dos presos. Ontem, o governo do Estado confirmou pelo menos dez presos assassinados, sem registro de fugas ou reféns. Nesta manhã é feita a contagem dos presos para saber se há mais mortos. “Só depois do final dessa intervenção é que vamos ter esse número”, disse o secretário à rádio CBN.

Bezerra disse que o policiamento trabalhou durante a madrugada “para manter a separação e evitar o conflito entre os pavilhões onde houve o problema e a rivalidade entre esses grupos criminosos” a fim de evitar novas mortes. No início da noite, a Coape (Coordenação de Administração Penitenciária) havia confirmado a decapitação de três presos depois de ver imagens divulgadas pela polícia nas quais podiam ser vistas três cabeças jogadas na área externa da unidade prisional. Os presos mortos ainda não foram identificados.

Segundo o governo do RN, a rebelião começou por volta das 17h (18h no horário de Brasília), quando presos do pavilhão 5, chamado de Presídio Rogério Madruga Coutinho, invadiram o pavilhão 4 para matar rivais. A rebelião não atingiu os pavilhões 1, 2 e 3. O Bope (Batalhão de Operações Especiais) estava no local tentando controlar a situação, mas o plano foi não entrar no presídio durante a noite, pela falta de visibilidade, que poderia por em risco a operação.

O presídio ficou cercado de policiais para evitar fugas, e a área externa de Alcaçuz estava controlada por policiais militares e agentes penitenciários. Por volta das 6h (7h em Brasília), a Polícia Militar entrou no complexo penitenciário usando veículos blindados e várias viaturas com tropas especiais da corporação. Familiares de detentos aguardam notícias do lado de fora.