Tarifa mínima de água será extinta em Campo Grande

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A tarifa mínima da água será extinta em Campo Grande, de acordo com decreto publicado nesta quinta-feira (26). De acordo com as informações do prefeito da Capital, Marquinhos Trad, em entrevista, o decreto é uma questão de “justiça tributária”. A empresa concessionária de água na Capital, a Águas Guariroba, ainda não foi notificada.

Marquinhos afirmou que a medida foi tomada após oito meses de estudo. “Hoje, quem gasta mais paga menos e quem usa menos é penalizado. Há uma inversão dos valores que vai acabar. Os pobres estão pagando pelos ricos”, afirma o prefeito.

Em Campo Grande, 300 mil residências utilizam o serviço de água, o que abrange 700 mil pessoas. Destas, cerca de 127 mil residências consomem de 0 a 10 metros cúbicos de água. “Ou seja, 46% dos clientes pagam tarifa mínima. Se eu gasto 1 metro cúbico, se eu gasto cinco, ou se eu gasto dez, no final minha conta é de R$ 75”, fala.

O prefeito prometeu, entretanto, que mesmo com a possível perda na arrecadação da empresa, ele não permitirá reajustes exorbitantes. “Não vai haver tarifaço”. O estudo também estima que só com a tarifa mínima a Água Guariroba arrecada hoje cerca de R$ 5 milhões por mês.

De acordo com o decreto, a partir de 2 de janeiro de 2018 a tarifa mínima cai para cinco metros cúbicos e em 1º de janeiro de 2019 será extinta totalmente. O cliente irá pagar por aquilo que consumir”. O valor, a partir de janeiro do ano que vem pode cair de R$ 75 para R$ 40.

Entenda – A medida altera o sistema tarifário da Águas Guariroba, que hoje cobra tarifa fixa para quem consome até 10 metros cúbicos de água, de R$ 44,10, somada a R$ 30,90 de esgoto.Desta forma, mesmo que o consumidor não consuma nada, ele termina pagando R$ 44,10 todos os meses de água, e R$ 30,90 de esgoto, somando R$ 75,00 quando se tem os dois serviços.

Com o decreto, em 2018, esses valores, escalonados, ficarão entre R$ 23,68 (menor consumo de água) até R$ 37, 88 (maior consumo), respectivamente de 5 metros cúbicos até 8 metros cúbicos. A medida estabelece ainda que a partir de 2019 o consumidor pagará apenas o que consome. Se ele não consumir, não pagará nada.

Foto e Fonte: Diário Digital