Marcelo Odebrecht da construtora Odebrecht é encaminhado para o IML de Curitiba (PR), na manhã deste sábado (20). Marcelo foi detido durante ação da 14ª fase da Operação Lava Jato batizada de Erga Omnes (do latim, Contra Todos) e está sendo cumprida em quatros estados pelo país. Cassiano Rosário/Futura Press

Agência Brasil/JB

A defesa de Marcelo Odebrecht, preso na Operação Lava Jato, pediu hoje (20) ao Supremo Tribunal Federal (STF) a liberdade do empreiteiro. Os advogados aproveitaram decisões recentes que libertaram ex-executivos da empresa para pedir o mesmo benefício. Marcelo está preso desde junho em um presídio na região metropolitana de Curitiba.

Ontem (20), o juiz Sérgio Moro, da 13ª Federal em Curitiba, aceitou a segunda denúncia do Ministério Público Federal (MPF) contra o empreiteiro e mais cinco investigados na Lava Jato.

Na mesma decisão, Moro decretou a terceira prisão preventiva do empreiteiro por considerar significativos documentos da Suíça apresentados pela acusação, que demonstram a movimentação de contas da Odebrecht para ex-dirigentes da estatal.

O advogado de Marcelo Odebrecht, Narbor Bulhões, argumentou que a decretação de nova prisão foi ato arbitrário do juiz Sergio Moro.

“O requerente pede socorro! A rigidez do sistema pede socorro! o Estado Democrático de Direito pede socorro. E do Supremo Tribunal Federal espera-se a concessão de habeas corpus de ofício para cassar o terceiro mandado de prisão preventiva”, disse Bulhões.

De acordo com a denúncia apresentada pelo MPF, Marcelo está envolvido diretamente no esquema de pagamento de propina a ex-dirigentes da Petrobras e atuava orientando as atividades dos demais acusados ligados à empreiteira.

Foto: Cassiano Rosário / Futura Press