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O asfaltamento de 3,4 km da estrada vicinal que liga o centro da cidade ao polo industrial e o apoio do Governo do Estado na reativação do frigorífico de peixes, fechado há 12 anos, vão mudar o perfil econômico de Dois Irmãos do Buriti.

O prefeito Edilsom Zandona de Souza, o Manguinha, aposta em um novo momento para o município, com incremento na receita, oportunidades de empregos e diversificação da economia. “Em um momento de crise, estamos vivenciando um avanço muito significativo para nossa região com esses investimentos do Governo do Estado”, disse.

Segundo ele, em encontro com o governador Reinaldo Azambuja em janeiro deste ano, com a participação dos vereadores, o município elencou a reabertura do frigorífico de peixes como uma das suas prioridades.

“Agora, esse grande sonho tornou-se realidade, com o governador cumprindo compromisso conosco”, acrescentou Manguinha. “O mais importante disso tudo é dar emprego aos nossos jovens.”

Recursos e apoio técnico

Na semana passada, o governador Reinaldo Azambuja autorizou o repasse de R$ 405,8 mil à prefeitura de Dois Irmãos do Buriti, por meio do Fundo Estadual de Apoio à Industrialização (FAI), para a compra de equipamentos para o frigorífico, que volta a operar em fevereiro de 2018 com abate de uma tonelada/dia de pintado e pacu.

A unidade industrial pertence ao município e será operada pela empresa Pescado Buriti, que integra o bem sucedido Projeto Pacu. O gerente da indústria, Jonas Pereira, estima que a retomada das atividades vai gerar mais de 150 empregos diretos e indiretos e prevê a médio prazo abater seis toneladas/dia.

O frigorífico foi instalado há 12 anos, mas nunca operou por má gerenciamento no passado, o que deixou a prefeitura inadimplente e impedida de receber recursos federais de emenda parlamentar destinada ao projeto. O desbloqueio somente foi possível via ação judicial.

Por determinação do governador Reinaldo Azambuja, os órgãos estaduais de apoio técnico e inspeção – Iagro e Agraer – darão total assistência ao empreendimento, inclusive na abertura de novos tanques de piscicultura, e na elaboração do diagnóstico agroindustrial do município.

Atrair novas indústrias

A chegada da infraestrutura, com a pavimentação de um trecho da avenida principal da cidade e o acesso pela estrada vicinal até a entrada do frigorífico, obra em andamento com recursos (R$ 6 milhões) do Fundersul (Fundo de Desenvolvimento do Sistema Rodoviário de MS), era a benfeitoria tão esperada para atrair novos empreendimentos, segundo o prefeito.

“Já estamos planejando dobrar a área destinada às indústrias”, anunciou Manguinha, informando que a prefeitura pleiteia sete hectares de uma área do Estado para ampliar o núcleo, hoje com oito hectares.

Além do frigorífico de peixes, o núcleo industrial conta ainda com mais duas unidades do município, um frigorífico de bois, em pleno funcionamento, e um laticínio, que hoje produz apenas mussarela.

A empresa concessionária da unidade bovina já projeta investir R$ 1,5 milhão em 2018, ampliando o abate diário de 170 para 300 animais, e o município quer atrair indústria de sucos para beneficiamento dos 500 hectares de laranjas em cultivo na região.

Vai melhorar toda vida

“O asfalto garantido pelo governador vai atrair novas empresas e devemos estar preparados para a contrapartida”, pontuou Manguinha. Ele acrescentou que uma fábrica de material reciclável está em fase de implantação no município e abrirá mais 30 empregos.

Atualmente, o polo é o maior empregador, depois da prefeitura. São 80 vagas oferecidas pelo frigorífico de boi e agora mais 40 com o beneficiamento do peixe. O comércio contribui com mais 40 vagas.

A população local aguarda com muita expectativa a chegada de novas indústrias e a expansão do agronegócio puxado pelos grandes produtores e parceleiros de quatro assentamentos rurais, com os incentivos e investimentos do Governo do Estado.

“Vai melhorar toda vida com essa ajuda do nosso governador”, diz o morador Dorival Martins, 62, que trabalha de diarista. “A gente aqui carece muito de emprego, dois filhos meus foram trabalhar em Rio Brilhante e Nova Alvorada”, conta.

A dona de casa Maria Marcele Magalhães, 56, também está feliz com as boas notícias. “Emprego aqui é pouco”, observa ela, cujo filho de 20 anos trabalha de servente em uma obra. “O movimento está grande, tem asfalto novo e tão falando até na abertura do frigorífico de peixe”, comenta.

Fonte: Portal do MS

Foto: Edemir Rodrigues