Após um ano de bons números de transplantes e captações de órgãos, a Santa Casa de Campo Grande está na luta para retomar transplantes de coração. O serviço foi interrompido em 2016. O hospital informa que está tentando vencer problemas burocráticos  junto ao Ministério da Saúde.

De acordo o presidente da Santa Casa, Esacheu Nascimento já está sendo feita a viabilização do retorno dos transplantes de coração. “Esperamos que nos primeiros meses deste ano a Santa Casa esteja apta e inicie os transplantes. Isso contribuirá na diminuição dos números de pessoas que se deslocam para outros estados para fazer o procedimento”, analisa.

O ano de 2017 foi marcado pelos aumentos nos números de transplantes e captações de órgãos feitos na Santa Casa. Ao todo foram 17 transplantes de rins e 35 captações de órgãos que beneficiaram pacientes de Mato Grosso do Sul e de outros estados do País.

Foram realizados pelas equipes de urologia e nefrologia do hospital, 14 transplantes com doadores falecidos e três com doadores vivos. Comparado com o ano de 2016, quando foi retomado o procedimento na instituição, nota-se um aumento de 750%, no qual foram realizados apenas dois procedimentos, um com doador vivo e outro com falecido.

“Neste ano nossa intenção é continuar aumentando os números de transplantes de rins. Para isso estamos buscando uma enfermaria que possa acomodar exclusivamente estes pacientes, para uma maior adesão de beneficiários e trazer mais conforto aos mesmos”, comenta a médica nefrologista, Dra. Rafaella Campanholo.

Outro aumento importante para o hospital foram os números de órgãos captados acompanhados pela equipe da Organização de Procura de Órgãos (OPO) da Santa Casa. Durante o ano de 2017 foram registradas 35 doações de órgãos e captados quatro corações, quatro pulmões, 19 fígados e 56 rins. Em 2016, houve 10 captações a menos, totalizando 25 doações.

“O aumento nas doações deve-se principalmente no consentimento dos familiares e também ao empenho de todas as equipes envolvidas nos processos. Além disto, a transferência da OPO para a Santa Casa está sendo um grande avanço e, assim, poder beneficiar mais pessoas por meio da doação”, comenta a enfermeira e coordenadora da OPO, Ana Paula Silva das Neves.

Foto: Marco Matielo