A Polícia Civil desmantelou quadrilha suspeita de furtar R$ 150 mil do Banco do Brasil nas Moreninhas. O bando também está envolvido na tentativa de invasão de pelo menos outras quatro agências dos correios na Capital e no interior. Os “cabeças” do esquema estão presos na Máxima e por meio de vídeos enviados pelo Whatsapp ensinavam ao restante dos bandidos como entrar nas agências.

Dos dez envolvidos, oito deles foram apresentados no Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubos a Bancos, Assaltos e Sequestros) na manhã desta quinta-feira (22): Cleber Nunes Pires, de 39 anos, que possui condenações por furto, roubo e ele ainda possui mais 20 anos de pena a cumprir. Melrison da Silva, de 31 anos, é interno da Máxima e a pessoa quem orquestrava os crimes, segundo a polícia. Wellington Felipe Santos Silva, de 21 anos, é um dos presos envolvido em uma mega-assalto e que foi expulso do Paraguai. Os outros são Tiago Rodrigues da Silva, de 35 anos, Yawith Oliveira Farias, de 20 anos, que também é suspeito de roubo à veículos.

Além disso, a investigação também aponta a participação de 3 mulheres no crime: Janaina Andrade de Souza, de 29 anos, Jhecylli dos Santos, de 20 anos e Renata Alchanjo Rodrigues, de 36 anos. “Elas compravam materiais para o grupo, desligavam a energia elétrica nas agências e ainda guardavam as ferramentas para os suspeitos”, explicou o delegado Sartori.

Sartori explicou que a organização tinha conexões com a facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC). “Alguns dos envolvidos já estavam presos, outros foram presos em investigação de homicídio e os demais, como as três mulheres, foram presos em ação do Garras na madrugada de terça-feira”, explicou.

CRIMES

Indícios apontam que o grupo participou da tentativa de arrombamento em agência do Sicredi na Avenida Bandeirantes e dos Correios na Avenida Eduardo Elias Zahran, além de tentativa nos Correios de Sidrolândia e Bataguassu. “Por enquanto, sabemos que tiveram sucesso apenas no Banco do Brasil das Moreninhas, de onde levaram cerca de R$ 150 mil”, explicou Sartori. Eles também podem estar envolvidos em mais 30 casos registrados nos últimos anos em Mato Grosso do Sul.

Durante a prisão, os policiais encontraram nos celulares dos autores diversas imagens de arrombamentos, incluindo vídeos (veja abaixo) com instruções de como bular a segurança, utilizando uma capa laminada para “driblar” os sensores dos alarmes, além de métodos precisos de corte. “Eles compartilhavam o conhecimento com os comparsas, fazendo o recrutamento e depois os treinando como um tipo de curso à distância”.

ENVOLVIMENTO

À imprensa, Renata disse que não tem ligação com o crime organizado e que foi enganada. Uma desconhecida teria deixado as ferramentas na casa dela por três dias, após contato por WhatsApp. “Ela pegou meu número com outra pessoa, pediu minha localização e foi lá em casa deixar os materiais. Eu nem estava lá, foi outra pessoa que recebeu. Eu sou trabalhadora e nunca me meti com isso, meu erro foi me envolver com gente errada”, se justificou.

Cleber, um dos líderes do esquema, assumiu a responsabilidade e disse que todos os envolvidos, assim como ele, deveriam pagar por seus atos, mas quem não tinha nada a ver, como as mulheres, deveria ser liberado. “Elas não deveriam estar aqui, não têm nada a ver, são laranjas. A Renata mesmo, eu a conheci por aplicativo de celular, disse que era empresário do ramo da construção civil e que precisa de guardar as ferramentas, e ela acreditou”.

Fonte: Página Brazil

Veja o vídeo: