É perfeitamente possível prever se um imóvel está seguramente protegido contra infiltrações, umidade ou mofo. Basta providenciar um bom projeto de impermeabilização juntamente com os demais projetos executivos da obra. Porém, se a obra está pronta, e a grande ocorrência de chuvas ou o clima frio do inverno provocam prejuízos inesperados, não há motivos para preocupações. Afinal, hoje a indústria de impermeabilizantes oferece opções para reparos imediatos e produtos adequados para cada tipo de problema.
Umidade, mofo e infiltração são problemas comuns em quase todas as regiões do Brasil. Talvez ocorra com maior incidência em regiões mais frias, embora nada impeça que as chuvas, comuns em regiões quentes, criem alguns problemas, assim como a umidade constante em locais com temperaturas reduzidas. O importante é saber que para todos os casos há uma boa solução e resultados plenamente satisfatórios.
Esquadrias e portas
É muito comum a passagem da água entre parede e esquadrias. Normalmente, esse problema está relacionado com a qualidade e o tipo de esquadria utilizada, com a mão-de-obra da colocação ou com os detalhes arquitetônicos da obra. Uma boa solução emergencial para evitar esses problemas é calafetar com um bom selante as áreas prováveis de infiltração. Exemplo: trincas e fissuras nos cantos dos caixilhos, as interfaces entre parede e caixilho, ou entre o vidro e o caixilho. Em superfícies de metal, concreto e alvenaria, a arquiteta aconselha o uso de selantes a base de poliuretano (Denverflex 330) e, para vidro, os selantes de silicone.
Calhas
Se o problema é ocasionado pelo dimensionamento da calha, não há uma solução imediata. Nesses pontos geralmente o usuário esquece a necessidade constante de manutenção. Ou seja, é importante manter as calhas sempre limpas e desobstruídas. Esse cuidado ajuda muito a evitar os problemas de transbordamento de água durante as fortes chuvas. “Se após a limpeza concluirmos que o problema é a impermeabilização, uma boa dica é verificar se não há problema nos pontos de arremate dos ralos ou nas outras áreas críticas”, afirma Leonilda. E ela dá como exemplo o destacamento de rodapés, juntas, algum dano etc. Lembre-se sempre de executar os reparos com o mesmo sistema impermeabilizante utilizado originalmente. “Se o problema persistir, a única solução é quebrar e refazer a impermeabilização, seguindo as boas práticas executivas rigorosamente”, finaliza.
Lajes
Vazamentos e infiltrações em lajes é um problema muito comum. O ideal é seguir as mesmas recomendações indicadas para as calhas, considerando que a área já tem uma impermeabilização. É recomendável limpar os ralos, checar os arremates da impermeabilização nos pontos de ralos, rodapés, juntas e arremates em geral e tentar fazer reparos localizados, como medida paliativa. “Mesmo para esses procedimentos imediatos é importante requisitar ajuda de um profissional qualificado. Não há como garantir a eficiência. Feito os reparos, é muito importante uma análise melhor da área para que seja executado um trabalho definitivo”, considera a arquiteta.
Paredes e rodapés
Não há paliativo que resolva os problemas nessas áreas da obra. Deve-se fazer uma análise e partir para o serviço definitivo. A falha da impermeabilização dos baldrames são as causas mais comuns de problemas nos rodapés, conhecida como “umidade ascendente”. Porque a umidade existente no solo tem a capacidade de ascender, ou seja, subir através das paredes, podendo alcançar alturas até 1 metro, dependendo da intensidade de umidade do terreno. Duas soluções podem ser adotadas neste caso, de acordo com o tipo de parede:
– Com tijolo maciço – Injetar um produto cristalizante, de base mineral. Em contato com a água, ele forma cristais sólidos e insolúveis, cansando o “entupimento” dos poros dos tijolos e barrando a ascensão da umidade. Essa solução é definitiva. Neste caso, o produto indicado é o Denver Barra Seca.
– Com tijolo de alvenaria furada – Aplicar argamassa polimérica (Denvertec 100) três vezes (três demãos), sobre a parede previamente preparada. Esse produto deve ser aplicado em altura de no mínimo 1,5 metro acima da manifestação da umidade, dos dois lados da parede.