O preço da cesta básica subiu 1,59% em Campo Grande no mês de março em relação a fevereiro, passando de R$ 387,87 para R$ 394,04, segundo pesquisa divulgada nesta segunda-feira (11), pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). A alta reverte a retração de 6% observada no mês anterior. No trimestre, a elevação acumulada na cidade é de 1,43%, a menor entre todas as capitais do país neste período.
Segundo o Dieese, dos 13 produtos que compõem a cesta básica, nove subiram de preço em Campo Grande no mês de março. Quatro itens que haviam registrado queda em fevereiro, voltaram a ter o valor majorado no mês passado. A batata, por exemplo, que havia caído 19,96% subiu 21,88% (maior elevação da cesta) assim como a manteiga que teve alta de 4,39%, o café de 3,79% e o tomate de 0,96%.
Continuaram a trajetória de alta que já vinha desde fevereiro o feijão, que registrou elevação de 4,02%; o açúcar, com 3,42%; o leite, com 3,15%, a banana, com 1,40% e o óleo, com 1,37%. Em contrapartida, exceto pela carne, que com a retração de 0,24%, manteve a tendência de queda, os preços do pão francês, como a diminuição de 3,59%, da farinha de trigo, com 1,98% e do arroz, com 1,17% reverteram em março os incrementos de preço que haviam ocorrido no mês anterior.
O Dieese aponta que para aquisição desta cesta básica o trabalhador que recebe com remuneração um salário mínimo líquido (R$ 880 do salário bruto menos 8% da Previdência Social), comprometeria 48,67% de seu salário e demandaria 98 horas e 31 minutos de sua jornada mensal.
Já para a aquisição da cesta básica familiar, que seria a necessária para atender uma família com dois adultos e duas crianças, o trabalhador teria que desembolsa R$ 1.182,12 em Campo Grande no mês de março, o que equivale a 1,34 vezes o valor do salário mínimo bruto atual.