Com Agência/AN

A Câmara dos Deputados já tem a quantidade de votos necessária para que o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) seja aceito e siga para tramitação no Senado. De acordo com levantamento realizado pela Folha com os 513 deputados federais, 342 deles se declararam favoráveis ao impedimento de Dilma até o começo da manhã desta sexta-feira (15). Pelo rito do processo, são necessários 342 votos na Câmara para enviar o caso ao Senado.

Até as 13h desta sexta (15), 342 deputados disseram à Folha que votarão a favor do impeachment de Dilma, enquanto 124 se declararam contrários ao processo –outros 20 disseram estar indecisos e 20 não quiseram antecipar os votos. Se a Câmara realmente aprovar o pedido de abertura do impeachment, o processo será enviado para o Senado na segunda (18) e deverá ser lido em plenário na terça (19).

Então, uma comissão, formada por 21 titulares e 21 suplentes, será formada seguindo a proporcionalidade dos partidos ou blocos partidários. O colegiado terá dez dias corridos para apresentar um relatório pela admissibilidade ou não do processo de impeachment.

O parecer será votado em plenário e precisa de maioria simples (ou seja, 41 dos 81 senadores) para ser aprovado. Se isso acontecer, Dilma é afastada por 180 dias e o vice-presidente Michel Temer (PMDB) assume o comando do país. O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), avalia, segundo aliados, que essa votação poderia acontecer no dia 10 de maio.

Senadores da oposição e da própria base do governo, no entanto, acreditam que o afastamento da presidente pode acontecer ainda no final de abril, com votação no dia 27, por exemplo. Nesse período de 180 dias, o Senado analisará os elementos para o impedimento e a defesa da presidente e haverá o julgamento final. Para aprovar a perda do mandato nessa etapa são necessários dois terços dos votos – 54 senadores.