Ellen Emília de Oliveira Lima (22), assassinada na noite deste sábado (21) na Avenida Aquidauana, proximidades da Praça do Peixe, região central de Bataguassu, já havia procurado a polícia denunciando o autor do crime, então seu marido Lucas Santana da Silva (22). A denúncia de violência doméstica ocorreu no começo de março deste ano. Segundo a polícia, apesar da queixa Ellen não pediu medida protetiva alegando ser harmoniosa a convivência com Lucas.

Conforme as primeiras investigações sobre o assassinato,

o casal havia se separado na última sexta-feira (20), após Ellen descobrir que havia sido traída. Por volta de 23h40 de sábado (21), Ellen, a sobrinha e o primo estavam na praça, quando Lucas chegou e já no início da conversa pedindo para reatar a relação.

Segundo testemunhas, a jovem se recusou a falar com o ex-marido, que insistiu e a ameaçou. Assustada Ellen tentou chamar a polícia, mas foi impedida por Lucas, quando entregou o celular para a sobrinha, pedindo que a menina chamasse a polícia.

Pouco depois de tentar pedir socorro, Ellen foi esfaqueada na frente do primo, sendo atingida no peito pelo criminoso que em seguida fugiu em uma motocicleta, deixando a faca encravada no corpo da vítima que chegou a ser socorrida por uma equipe do Corpo de Bombeiros. Levada para a Santa Casa de Bataguassu, Ellen morreu algum tempo depois.

Poucas horas após o assassinato, Lucas foi preso pela Polícia Militar na cidade de Santa Rita do Pardo, quando tentava esconder-se na casa da sua mãe e de pronto confessou a autoria do crime. Já na de delegacia de polícia ele mudou de comportamento alegando que só falaria na presença de um advogado, o que não mudou sua situação diante de evidências e diversas testemunhas do assassinato. Para o delegado encarregado do caso, Nilson Martins, Lucas demonstra ser pessoa “fria e calculista”, já que planejou o crime. Lucas está autuado em flagrante por feminicídio, cuja pena prevê de 12 a 30 anos de reclusão.