Marineia Ramos Pinto (20) foi morta a tiros no início da noite desta terça-feira (31), quando caminhava pelo Bairro Jorge Ritt, em Coxim. O crime ocorreu na Rua Rosa de Sharon equina com Romanos, quando um homem disparou vários tiros contra a cabeça da vítima.

Três tiros de arma calibre 38 teriam atingido Marineia, sendo o Corpo de Bombeiros acionado por populares, mas quando chegaram a vítima já estava morta. A delegada Sandra Regina Simão de Brito atendeu o caso.

De acordo com policiais, a vítima tinha várias passagens pela polícia, mas ainda durantes os levantamentos não seria possível definir uma linha específica de investigação. Já o pai de Marineia disse para a polícia, que a jovem tinha histórico de desavenças, o mais recente, teria ocorrido com a enteada de um policial.

Segundo José Ramos da Silva (58), alguns dias após o desentendimento, a filha estava saindo de um centro religioso quando foi agredida por duas meninas, que teriam feito um vídeo da agressão e espalhado nas redes sociais. Em seguida, a casa de Marineia foi invadida, mas ela não estava na residência.

Para a delegada, são informações importantes, inclusive de que a vítima seria usuária de droga, mas que, inicialmente, não dizem muita coisa, embora não irá descarta-las, mas define ser ainda cedo para definir a linha de investigação. Equipes das Polícias Militar e Civil ainda na fase de levanta mentos no local iniciaram uma ação conjunta de caça ao autor do crime. Com isso, em pouco mais de duas horas o caso estava esclarecido com identificação e localização do acusado do assassinato, um comparsa e a identificação do terceiro.

Um adolescente de 17 anos foi apreendido apontado como autor dos disparos contra a vítima, tendo prontamente confessado o assassinato e confirmado que o primeiro apanhado pelos policiais, Fabrício Dorcelino Ramos Pinheiro (19), o “Rondonópolis”, era seu acompanhante no crime e quem em seguida escondeu a arma do assassinato. Outro envolvido procurado pela polícia foi identificado como Jhoonatan da Silva, o “Caramujo” ou “Jhoow”.

Conforme as investigações, Marinéia estava sentada acompanhada de dois amigos quando surgiu o adolescente que sem nada dizer sacou a arma e começou a atirar. Momentos antes ele caminhava pela Rua Dos Romanos acompanhado de Fabrício e Jhonatann Silva, vulgo “Jhoow”.

A polícia não descarta a possibilidade de o crime ter sido premeditado, já que os envolvidos se denominam participar de um grupo que teve um de seus membros morto por conta das supostas conversas de Marinéia que segundo eles era considerada “leva-e-traz”, “Cagueta” ou “X-9” entre grupos rivais.

O adolescente revelou ainda que em janeiro deste ano Marinéia havia contado aonde estava Ozéias Teixeira Vicente (17), facilitando que Wellington André Rodrigues dos Santos (21) o executasse no quintal de uma residência na Rua Jatobá, na Vila Bela I, em Coxim.

Além disso, o adolescente contou que seu “grupo” (gangue) estavam arquitetando a morte da vítima há algum tempo por conta dessas conversas e para vingar a morte do amigo. Na ação conjunta da Polícia Civil, ROTAI (Rondas Ostensivas e Táticas do Interior) Rádio Patrulha e GTRAN da Polícia Militar (PM) foram feitas buscas em que o primeiro a ser apanhado foi Fabrício que apontou o autor do crime, indicou onde havia escondido a arma e apontou os demais envolvidos na história. Sendo os dois adultos presos e o adolescente apreendido e enquadrado em ato infracional equiparado a homicídio, em que se for mantido recolhido, o será no máximo por três anos.