Avelino Neto

REPRUDEConforme o JNEDIÁRIO antecipou na manhã desta sexta-feira (19) a Polícia Civil através da DECO – Delegacia Especializada de Combate ao Crime Organizado realizou na a Reprodução Simulada (reconstituição) dos fatos relacionados a investigação da tentativa de homicídio mediante envenenamento de seis Agentes Penitenciários do Estabelecimento Penal de Segurança Máxima de Campo Grande.

O exame pericial foi realizado por equipes da DECO e da Perícia Criminal, contando com apoio de segurança de equipes do Garras, envolvendo os agentes vítimas e presos que na época atuavam no refeitório. A ação é o primeiro caso em que ocorre uma reprodução simulada dentro de um presídio no MS, e o trabalho foi fundamental para chegar a algumas conclusões que estavam faltando.

Delegada

De acordo com a Delegada Ana Cláudia Medina, titular da DECO, a investigação, que teve início em abril deste ano, chegou a um momento primordial onde foi possível estabelecer a dinâmica do crime e chegar à autoria. “A partir de agora a investigação visa identificar o mandante”, esclareceu. Conforme o perito Domingos Sávio de Oliveira, o laudo pericial deve ficar pronto em dez dias.

O caso

REPRUDCAFÉSeis agentes penitenciários foram socorridos na manhã do dia 20 de abril, no Estabelecimento Penal de Segurança Máxima, após terem sido envenenados. No local, o café da manhã era servido às 8h30. Por voltas das 9h15, um dos agentes começou a apresentar os primeiros sintomas e, em seguida, os outros também começaram a passar mal.

Eles tiveram vômito, diarreia e outros sintomas. O SAMU (Serviço de Atendimento Médico de Urgência) foi acionado e eles imediatamente socorridos. O envenenamento teria sido motivado por represália a uma ação de agentes penitenciários em treinamento por uma equipe de Brasília, no Estabelecimento Penal de Segurança Máxima, houve ainda incêndio em três ônibus na cidade, entre a noite de quinta-feira (14) e madrugada de sexta 15 de abril.

Na ocasião a investigação identificou 13 pessoas e teria sido orquestrada por um detento de 19 anos. Ele teria ligado para parentes e amigos, pedindo que provocassem pânico e incendiassem os veículos, conforme a polícia. Na ocasião, 71 aparelhos celulares foram recolhidos, além de droga para consumo e comércio no local, chips e outros objetos ilícitos.