Avelino Neto

postoduque1A Polícia Militar faz busca ao homem que por volta de 5h30 deste sábado executou com 15 tiros de pistola o mecânico Diego Eufrázio da Silva, de 24 anos. Outra três pessoas que não tinham envolvimento com suposto desentendimento anterior de Diego, foram baleadas. O crime acontece no pátio do Posto Ipiranga, localizado na Avenida Duque de Caxias em frente à Base Aérea de Campo Grande.

Para a polícia, as imagens de segurança do posto não são de qualidade ou estão comprometidas, mas há indícios de que apenas uma pessoa tenha atirado na vítima acabando por atingir outras pessoas, embora mais três estivessem no veículo ocupado pelo atirador.

A Polícia trata como uma das linhas de investigação sobre o caso, uma situação em que Diego teria se envolvido em uma briga numa festa onde estava antes do crime, em uma chácara no Bairro São Conrado. Definição se Diego também atirou, dependerá de exame residuográfico a serem realizados durante necropsia no Instituto de Medicina e Odontologia Legal-IMOL.

O primeiro relato do caso para a polícia é de que Diego havia saído da festa no São Conrado com os amigos e segundo um primo dele no local do crime. É relatado ainda que Diego apresentou comportamento estranho saindo várias vezes do local. Não teria demorado e surgido o Honda Civic do qual saiu o autor do crime que em seguida fugiu.

POSTOS ‘INFERNAIS”

Há tempos postos de combustíveis em Campo Grande, com maior intensidade os onde existem bares ou conveniências, são definidos pela população como “portais do inferno”, por conta de todo tipo de abuso e crimes que ali acontecem. O assassinato neste sábado no pátio o Ipiranga, não é o primeiro em posto de combustível em Campo Grande. Além de mortes são dezenas de casos de tentativas de homicídio por baleamento, esfaqueamento, ferimentos com cacos de garrafas e inúmeras brigas.

Paralelamente a isso tudo ainda existem os casos de consumo e venda de drogas, frequência e consumo de bebidas por adolescentes, prostituição e desordem absoluta. O mínimo que se nota nesses locais transformados em “inferninhos a céu aberto”, é crime ambiental através de volume de som dos veículos ai estacionados extremamente altos. No próprio Posto Ipiranga onde agora ocorreu o assassinato, a Polícia Militar já compareceu várias vezes acionada por militares da Base Aérea de Campo Grande por conta de som de veículos em volume ensurdecedor. Há menos de 100 metros está o Hospital da Força Aérea.

Ao longo da Duque de Caxias, existe outro ponto de balbúrdia no período noturno que é o chamado “mirante”. Durante a noite principalmente madrugada a região se transforma em ponto de tudo que não presta. Durante o dia, o “Mirante” não passa de um camelódromo ou feira livre em que se vende de tudo com vendedores ocupando espaços que teoricamente seriam de quem queira ali contempla alguma coisa. A fiscalização da prefeitura até que tentou coibir a “feira livre” do local, mas alguns vereadores se insurgiram contra a medida sob a alegação de que as pessoas precisam trabalhar. Só não houve preocupação de com o que vendendo o que, em que condições ou se prejudicando ou nãos espaços de outrem.