O pecuarista Carlos Andrade, de 22 anos, mostrou que tem coragem em uma publicação em seu perfil no Facebook. O jovem amazonense entrou em um rio e tirou uma ‘selfie’ com uma sucuri, a cerca de um metro de distância do animal, e postou nas redes sociais.

“Eu estava na nossa fazenda, no rio, e avistei aquela cobra próximo da beira. Eu ainda estava na terra e vi ela na água com a cabecinha de fora. Peguei um pau e conforme ia chegando perto dela, ia vendo que ela parecia meio abatida, estava muito fora do normal. Eu entrei na água e ela foi se afastando”, contou carlos ao Portal Uol.

Estranhando que a cobra se manteve o tempo todo boiando, Carlos pensou que a sucuri poderia já estar alimentada e descansando. “Pensei: ‘Vou tirar foto antes que ela suma’. Ela não queria entrar no fundo da água, parecia que queria entrar na foto”, brincou o pecuarista.

Ele saiu da água, pegou seu celular e voltou pro rio. “Peguei o celular e tirei várias selfies. Quando olhei para trás, vi que já estava muito perto, mas aí ela entrou na água e saiu”, contou Carlos.

O pecuarista nasceu e foi criado em uma fazenda familiar, no município de Nhamundá, no Amazonas. Carlos diz que nunca viu uma sucuri tão de perto, mas que conhece a fama da cobra. “Sem perceber, ela chega para atacar. Joga o laço e rapidamente trança”.

O diretor do Museu Biológico do Instituto Butantan, Giuseppe Puorto, explica que o jovem realmente correu riscos. “A sucuri é a maior serpente brasileira. Quando está no seu ambiente aquático, ela tem uma agilidade incrível, bastante desenvoltura, é muito rápida”, afirma. “É perigoso”.

“Uma mordida dela pode machucar muito”, explica Giuseppe. “Além da mordida, tem a força muscular. Ela mata suas presas por constrição, apertamento”.

No Pantanal, o tipo mais comum de sucuri é a sucuri-amarela, enquanto no Amazonas é a sucuri-preta, um pouco maior que a amarela. Ainda existe a espécie da sucuri-malhada, na Ilha de Marajó, e a sucuri-da-bolívia, que como o nome diz, é tipica das terras bolivianas.

 

Fonte: Midiamax